tag:blogger.com,1999:blog-76783159691252283842024-02-07T01:43:58.511-03:00pseudogodard.orgCrítica musical pseudogodardiana, por João Rodrigo Zanetti e Rafael Marcon.
Análise de álbuns, novos e antigos, comentários e teorias sobre o maravilhoso mundo da música.João Rodrigo Zanettihttp://www.blogger.com/profile/07700987336370091066noreply@blogger.comBlogger14125tag:blogger.com,1999:blog-7678315969125228384.post-382432005554230592009-03-01T17:38:00.001-03:002009-03-01T17:40:48.485-03:00Os Melhores de 2008<p>Olá! <br />Há muito tempo não posto aqui, que vergonha! <br />bom, esse post de retorno é o seguinte:</p> <p>O Marcon fez, no final de 2008, um top10 com os melhores discos do ano, na opinião dele. Na hora eu falei “Nossa! Preciso fazer um também!”. Desse dia em diante fiquei pensando e tentando organizar um top10. Agora é primeiro de março e eu ainda não consegui. Então tive outra idéia: <br />Vou listar aqui os melhores discos de 2008. Sem ordem e numeração necessária. No fim das contas são 12 (que eu estava tentando reduzir a 10, mas pra quê, né? hehe). Logicamente, entre o que eu mais gostei e o que eu menos gostei tem um grande salto. Só que em vez de organizá-los um a um, me encarregarei de comentar quando a “colocação” do disco em questão for relevante. <br />Vamos a eles! (Alfabeticamente, por artista!)</p> <p align="left"><a href="http://lh3.ggpht.com/_KbxNU0vJB8o/SarxukgOIcI/AAAAAAAAAOY/DPYs5h1WMLo/s1600-h/tudosetorna12.jpg"><strong><img title="tudosetorna" style="border-right: 0px; border-top: 0px; display: block; float: none; margin-left: auto; border-left: 0px; margin-right: auto; border-bottom: 0px" height="244" alt="tudosetorna" src="http://lh4.ggpht.com/_KbxNU0vJB8o/SarxvjOn0JI/AAAAAAAAAOc/x_UPRIg4BQY/tudosetorna%5B3%5D.jpg?imgmax=800" width="244" border="0" /> </strong></a></a><strong>1/2 Dúzia de 3 ou 4 - Tudo se Torna <br /></strong>Como a própria banda definia em sua comunidade, MPB não tão P mas muito B. Com um som moderno, irreverente e bem bonito, inspirado em mestres da música brasileira, como Tom Zé (que inclusive é homenageado com uma faixa sobre ele), lançaram seu álbum de estréia, Tudo se Torna (inclusive com estratégias de marketing interessantes), agradando a muitos. Pra quem gosta de MPB original e criativa, é essa a pedida! Vale dizer que além da música que se ouve, são grandes músicos e pessoas incríveis. Ouça, os ornitorrincos agradecem. <br /><u>Recomendo:</u> Sem Pedir Licença, Samba da ONG <font color="#808080">(e você entenderá os ornitorrincos)</font>, Nefilibata, Sabe Vó.</p> <p align="left"><a href="http://lh4.ggpht.com/_KbxNU0vJB8o/SarxxKutxJI/AAAAAAAAAOg/U5L4xjRhGLw/s1600-h/albert_hammond_jrcomocover2.jpg"><strong><img title="albert_hammond_jr-como-cover" style="border-right: 0px; border-top: 0px; display: block; float: none; margin-left: auto; border-left: 0px; margin-right: auto; border-bottom: 0px" height="244" alt="albert_hammond_jr-como-cover" src="http://lh5.ggpht.com/_KbxNU0vJB8o/SarxySqp1OI/AAAAAAAAAOk/wNhlkb9qDAY/albert_hammond_jr-como-cover%5B2%5D.jpg?imgmax=800" width="244" border="0" /> </strong></a><strong>Albert Hammond Jr. - ¿Cómo te Llama? <br /></strong>Em seu segundo disco, o guitarrista dos Strokes prova que também sabe fazer som sozinho. Pra mim, melhor que o primeiro, que tem um som mais “quadradinho”, esse cd tem uma sonoridade diferente e agradável. Quem canta é o próprio Hammond, com uma voz bem característica. Como já é de costume, seus riffs são muito marcantes e eficientes nas músicas, e os arranjos (que não lembram sempre Strokes, mas sim Red Hot Chilli Peppers e até Pink Floyd – no comecinho da primeira música) são ora experimentais e ora mais clássicos, vale a pena ouvir. Esse álbum também tem a música instrumental que deve ter me chamado mais a atenção em 2008. <br /><u>Recomendo:</u> In My Room, Victory At Monterey, Spooky Couch <font color="#808080">(a tal da instrumental. Linda!)</font>, Feed Me Jack Or: How I Learned To Stop Worrying And Love Peter Sellers.</p> <p align="left"><a href="http://lh6.ggpht.com/_KbxNU0vJB8o/Sarx1JD7KrI/AAAAAAAAAOo/KkmobraDlS0/s1600-h/coldplayvivalavidaordeathandallhisfr%5B2%5D.jpg"><strong><img title="coldplay-viva-la-vida-or-death-and-all-his-friends" style="border-right: 0px; border-top: 0px; display: block; float: none; margin-left: auto; border-left: 0px; margin-right: auto; border-bottom: 0px" height="244" alt="coldplay-viva-la-vida-or-death-and-all-his-friends" src="http://lh5.ggpht.com/_KbxNU0vJB8o/Sarx2JYacSI/AAAAAAAAAOs/E1NvzgNW3cI/coldplay-viva-la-vida-or-death-and-all-his-friends%5B2%5D.jpg?imgmax=800" width="244" border="0" /> </strong></a><strong>Coldplay - Viva la Vida <br /></strong>Eu nunca fui muito de ouvir Coldplay. Aí deu vontade de baixar esse álbum quando lançou. Inclusive por causa da capa, que eu achei bem bonita. Ouvi e me agradou. Bastante. E eu já ouvi gente falando que não tá tão bom quanto era antes e coisas do tipo. Mas eu achei um som bonito, maduro. Com músicas que pendem pra um clima meio fantástico, no sentido místico da coisa, ao meu ver. Não tenho muito o que dizer desse álbum por não ter muito conhecimento sobre a própria banda. Mas ele me acompanhou por muitas tardes, isso basta. <br /><u>Recomendo:</u> Cemeteries of London, 42, Viva la Vida, Violet Hill.</p> <p align="left"><a href="http://lh6.ggpht.com/_KbxNU0vJB8o/Sarx36bIERI/AAAAAAAAAOw/WB2l5wUngBE/s1600-h/artcover3.jpg"><strong><img title="art-cover" style="border-right: 0px; border-top: 0px; display: block; float: none; margin-left: auto; border-left: 0px; margin-right: auto; border-bottom: 0px" height="218" alt="art-cover" src="http://lh6.ggpht.com/_KbxNU0vJB8o/Sarx45ZwaUI/AAAAAAAAAO0/Kutq--4AxYg/art-cover%5B2%5D.jpg?imgmax=800" width="244" border="0" /> </strong></a><strong>Conor Oberst - Conor Oberst <br /></strong>Esse foi o ponto bom de ter demorado pra fazer essa lista. Um disco de 2008 que eu descobri em 2009. E já me convenceu a incluí-lo aqui! <br />Um quase-folk-meio-blues com a voz legal que esse cara tem, é bom pra ouvir em quase qualquer momento. Tem músicas mais bonitonas mesmo e outras mais agitadas, mais pro blues. Algo que se diaz sobre Conor é que suas letras são bastante adultas. Eu devo confessar que fiquei tão apaixonado pela musicalidade que ainda nem analisei as letras! Pra quem gosta de blues, folk, voz e violão às vezes, banda intera outras vezes, é muito bom! <br /><u>Recomendo:</u> Cape Canaveral, Get-Well-Cards, Danny Callahan, Eagle on a Pole.</p> <p align="left"><a href="http://lh4.ggpht.com/_KbxNU0vJB8o/Sarx6eoosoI/AAAAAAAAAO4/ZvZy1aM-kDA/s1600-h/littlejoy3.jpg"><strong><img title="little-joy" style="border-right: 0px; border-top: 0px; display: block; float: none; margin-left: auto; border-left: 0px; margin-right: auto; border-bottom: 0px" height="244" alt="little-joy" src="http://lh3.ggpht.com/_KbxNU0vJB8o/Sarx7QZb8WI/AAAAAAAAAO8/uHljSHGG_TQ/little-joy%5B2%5D.jpg?imgmax=800" width="244" border="0" /> </strong></a><strong>Little Joy - Little Joy <br /></strong>A grande supresa de 2008. Se tivesse ordem, esse seria provavelmente o primeiro. <br />Formada por partes de duas das minhas bandas preferidas, Rodrigo Amarante dos Hermanos e Fabrizio Moretti dos Strokes, e complementada por Binki Shapiro, Little Joy se apresentou ao mundo como uma banda feliz, com um som despretensioso e valorizador do momento em detrimento de uma profunididade conceitual. Músicas tranquilas e bonitas, sempre com um clima bom e toques retrô. (Inclusive, já há uma análise desse álbum aqui no blog, no tópico “Los Hermanos, e o que veio depois”) <br />Além de ser música excelente, me pegou na hora certa. Não tem como evitar. É o som que 2008 revelou. <br /><u>Recomendo:</u> The Next Time Around, Brand New Start, No One’s Better Sake, Shoulder to Shoulder.</p> <p align="left"><a href="http://lh3.ggpht.com/_KbxNU0vJB8o/Sarx8wqdxHI/AAAAAAAAAPA/ANJIsip6-HY/s1600-h/marcelocamelosou20082.jpg"><strong><img title="marcelo-camelo-sou-2008" style="border-right: 0px; border-top: 0px; display: block; float: none; margin-left: auto; border-left: 0px; margin-right: auto; border-bottom: 0px" height="221" alt="marcelo-camelo-sou-2008" src="http://lh4.ggpht.com/_KbxNU0vJB8o/Sarx9ueX6JI/AAAAAAAAAPE/zzb7lP63WEI/marcelo-camelo-sou-2008%5B2%5D.jpg?imgmax=800" width="244" border="0" /> </strong></a><strong>Marcelo Camelo – Sou <br /></strong>Também já analisado anteriormente aqui, esse álbum não me pegou tão de surpresa como o Little Joy, por seguir, na minha opinião, algo que o Marcelo Camelo já vinha construindo nos Hermanos. Um apego pela múica brasileira, e por seus estudos de estilo. Conta com bossas, rockzinhos, marcinha de carnaval, baladinhas e músicas inrotuláveis, muito bonitas. Há, inclusive, um toque de música clássica em algumas das faixas, deixando-as diferenciadas. <br />Os arranjos me agradam muito, sejam eles mais ou menos densos. É um trabalho mais “difícil” de ouvir inteiro, mas vale a dificuldade quando acaba. <br /><u>Recomendo:</u> Tudo Passa, Janta, Liberdade, Copacabana.</p> <p align="left"><a href="http://lh6.ggpht.com/_KbxNU0vJB8o/Sarx_JkXHSI/AAAAAAAAAPI/gTVNTHYckrA/s1600-h/mgmtcover%5B3%5D.jpg"><strong><img title="mgmtcover" style="border-right: 0px; border-top: 0px; display: block; float: none; margin-left: auto; border-left: 0px; margin-right: auto; border-bottom: 0px" height="244" alt="mgmtcover" src="http://lh6.ggpht.com/_KbxNU0vJB8o/SaryAEOf3zI/AAAAAAAAAPM/Bz5ij9ZRT1Y/mgmtcover_thumb%5B1%5D.jpg?imgmax=800" width="244" border="0" /></strong></a><strong> MGMT - Oracular Spectacular <br /></strong>Fenômeno do eletrorock atual, ou seja lá qual for a definição mais exata pra música desses malucos, o MGMT vem em seu primeiro álbum ditando tendências. Utilizando tanto sons atuais quanto retrô, compõem músicas originais e chamativas, como a barulhenta Time to Pretend. Utilizam-se de uma gama ampla de sonoridades, e sabem usar muitos efeitos sem perder a sensibilidade de suprimí-los quando é melhor. <br />Além das tendências musicais, vale dizer que o modo com que se vestem (esse estilo de trapos, como se vê na capa do álbum) está sendo elogiado, e desfiles já foram feitos tendo-os como referência. <br /><u>Recomendo:</u> Time to Pretend, Weekend Wars, The Youth, 4th Dimensional Transition.</p> <p align="left"><strong></strong><strong><a href="http://lh5.ggpht.com/_KbxNU0vJB8o/SaryBnGY2jI/AAAAAAAAAPQ/1wrnpgCwn-w/s1600-h/theage%5B2%5D.jpg"><img title="theage" style="border-right: 0px; border-top: 0px; display: block; float: none; margin-left: auto; border-left: 0px; margin-right: auto; border-bottom: 0px" height="243" alt="theage" src="http://lh4.ggpht.com/_KbxNU0vJB8o/SaryCj1jWJI/AAAAAAAAAPU/U5fCCeQgOz4/theage_thumb.jpg?imgmax=800" width="244" border="0" /></a>The Last Shadow Puppets - The Age of the Understatement</strong> <br />A melhor definição desse aqui foi o Marcon quem me disse: Parece trilha de filme antigo. E é, não sei exatamente porque, me lembra algo de filmes e bandas antigas. Sim, o som realmente tem características bem retrô, como o canto em coro em muitas músicas. Outra coisa que colabora para essa sonoridade bem interessante é o arranjo das músicas, geralmente orquestradas, o que difere bem da sonoridade das outras bandas de Alex Turner (Arctic Monkeys) e Miles Kane (The Rascals). <br />E como se não bastasse tudo isso (ou talvez seja diretamente por causa disso), essa capa também passaria tranquilamente como um frame de algum filme antigo. <br /><u>Recomendo:</u> The Age of the Understatement, Calm Like You, My Mistakes are Made for You, Meeting Place</p> <p align="left"><a href="http://lh5.ggpht.com/_KbxNU0vJB8o/SaryE3xHfNI/AAAAAAAAAPY/_pPzMPoA5YA/s1600-h/raconteurs_consolers%5B2%5D.jpg"><img title="raconteurs_consolers" style="border-right: 0px; border-top: 0px; display: block; float: none; margin-left: auto; border-left: 0px; margin-right: auto; border-bottom: 0px" height="244" alt="raconteurs_consolers" src="http://lh3.ggpht.com/_KbxNU0vJB8o/SaryF92hoQI/AAAAAAAAAPc/H_fFfuEvaqE/raconteurs_consolers_thumb.jpg?imgmax=800" width="244" border="0" /></a><strong>The Raconteurs - Consolers of the Lonely <br /></strong>Se essa lista tivesse ordem, este também estaria entre os melhores. <br />O segundo disco dos Raconteurs. Como se o primeiro já não tivesse diso incrível, pra mim este é o melhor deles. Pra mim está claro que eles são uma das melhores bandas de rock da atualidade. Mais uma pra categoria “começou com um projeto paralelo”. Pra quem não sabe, quem encabeça a banda é Jack White, dos White Stripes, e Brendan Benson dos Greenhornes. Os trabalhos da banda estão cheios de energia e criativdade. A alternância entre músicas mais agitadas e mais calmas é harmônica e os arranjos inusitados com os timbres sempre característicos de White aparecendo lá e cá garantem a experiência maravilhosa que é ouvir esse cd inteiro. Com certeza, um dos trabalhos que mais me encantou em 2008. <br /><u>Recomendo:</u> The Switch and the Spur, Many Shades of Black, These Stones will Shout, Carolina Drama.</p> <p align="left"><a href="http://lh4.ggpht.com/_KbxNU0vJB8o/SaryGnOzTPI/AAAAAAAAAPg/KO8VPniICco/s1600-h/51XBizvSjRL._SS500_%5B2%5D.jpg"><strong><img title="51XBizvSjRL._SS500_" style="border-right: 0px; border-top: 0px; display: block; float: none; margin-left: auto; border-left: 0px; margin-right: auto; border-bottom: 0px" height="244" alt="51XBizvSjRL._SS500_" src="http://lh3.ggpht.com/_KbxNU0vJB8o/SaryHetLzOI/AAAAAAAAAPk/r4H69JEACsg/51XBizvSjRL._SS500__thumb.jpg?imgmax=800" width="244" border="0" /></strong></a><strong>The Ting Tings - We Started Nothing <br /></strong>Essa aqui me pegou de repente: Eu vi um clipe na mtv e baixei o CD. A música do clipe se tornou pra mim a ganhadora do prêmio “música mais grudenta” de 2008, That’s not my Name. <br />O duo faz um eletrorock (ou, novamente, o título que seja melhor pra descrever) bem menos experimental que o MGMT. We Started Nothing é fácil de ouvir, com poucos instrumentos, linhas simples e a voz característica (e bonita) de Katie White. Talvez por essa facilidade, esse álbum é tranquilo de ouvir, com músicas legais e dançantes, com momentos calmos que eu gosto bastante também. <br /><u>Recomendo:</u> That’s not my Name, Traffic Light, Shut up and let me go, We Walk</p> <p align="left"><a href="http://lh4.ggpht.com/_KbxNU0vJB8o/SaryJUV0NrI/AAAAAAAAAPo/VP7XKYr2W90/s1600-h/1054b4g%5B2%5D.jpg"><strong><img title="1054b4g" style="border-right: 0px; border-top: 0px; display: block; float: none; margin-left: auto; border-left: 0px; margin-right: auto; border-bottom: 0px" height="219" alt="1054b4g" src="http://lh6.ggpht.com/_KbxNU0vJB8o/SaryKf3K2lI/AAAAAAAAAPs/FDEfYz0kEb4/1054b4g_thumb.jpg?imgmax=800" width="244" border="0" /></strong></a><strong>Tom Zé - Estudando a Bossa <br /></strong>É Tom Zé, né. E como diria meia dúzia de pessoas, Tom Zé é Pai. <br />Com mais um disco de sua série de “estudos”, desta vez para estudar a Bossa Nova (e homeageá-la, tendo sido lançado no ano em que esta completou meio século), Tom Zé, pra variar, fez música boa. Música que estuda outra mas ainda assim é original, e como se não bastasse, assim como os demais “álbuns de estudo” tem ali uma marca do gênio. É algo que se ouve e pensa “é Tom Zé, né?” e ainda “é bossa!” e ainda “que diferente essa música!”. Tudo isso ao mesmo tempo. Vai demorar pra estudar o Tom Zé. Grandes músicas, grandes parcerias, grande álbum. <br /><u>Recomendo:</u> João nos Tribunais, Síncope Jãobim, O Filho do Pato, “Outra Insensatez, Poe!”</p> <p align="left"><strong>  </strong><a href="http://lh5.ggpht.com/_KbxNU0vJB8o/SaryL0LXq5I/AAAAAAAAAPw/2Dbj1dlBu6A/s1600-h/volume%201%5B3%5D.jpg"><strong><img title="volume 1" style="border-right: 0px; border-top: 0px; display: inline; border-left: 0px; border-bottom: 0px" height="192" alt="volume 1" src="http://lh6.ggpht.com/_KbxNU0vJB8o/SaryMqdRO3I/AAAAAAAAAP0/cMllAFA_ylQ/volume%201_thumb%5B1%5D.jpg?imgmax=800" width="198" border="0" /></strong></a><strong> </strong><a href="http://lh4.ggpht.com/_KbxNU0vJB8o/SaryOLHdhTI/AAAAAAAAAP4/iaGuXkjKEh8/s1600-h/2gvij9g%5B6%5D.jpg"><strong><img title="2gvij9g" style="border-right: 0px; border-top: 0px; display: inline; border-left: 0px; border-bottom: 0px" height="192" alt="2gvij9g" src="http://lh3.ggpht.com/_KbxNU0vJB8o/SaryPAPQIXI/AAAAAAAAAP8/ViI6wyqN7SQ/2gvij9g_thumb%5B4%5D.jpg?imgmax=800" width="198" border="0" /></strong></a><strong> Zeca Baleiro - O Coração do Homem Bomba <br /></strong>No maior projeto dessa lista de 2008, Zeca Baleiro, um dos artistas mais iluminados do Brasil atualmente pra mim, conseguiu fazer dois CDs de boa música. Seria triste fazer um só e deixar algumas de fora. O projeto é como Zeca: Uma diversidade enorme de ritmos, sonoridades e arranjos, que por mais diversos que sejam, são harmônicos entre si. É ouvir Zeca Baleiro de verdade, muita coisa junta sem perder o conjunto. <br />Um grande destaque desse projeto são as vinhetas. Cada disco tem algumas, geralmente de meio minuto ou pouco mais que isso, que “quebram o gelo” e dão irreverência ao trabalho. O primeiro volume, inclusive, começa com uma, que dá o nome ao projeto. Eu me pego cantarolando as vinhetinhas quase todo dia. <br />Como também é característica do Baleiro, há covers e releituras no projeto. <br />E o projeto não é só irreverência também. Tem músicas mais sérias e melodiosas, muito bonitas. <br />Por fim, atento às letras do projeto: Várias músicas são experimentações de estrutura de rima ou ritmo. Há padrões de rima em muitas músicas, e em tantas outras o ritmo das palavras nas frases é marcante. Tudo isso é Zeca Baleiro, e tudo isso não cabia só em um CD. <br /><u>Recomendo:</u> <strong>volume 1:</strong> Alma não tem Cor, Vai de Madureira, Ela Falou Malandro, Toca Raul. <strong>volume 2:</strong> Tevê, Na Quitanda, Pastiche, Débora. <strong>vinhetas:</strong> Aquela Prainha, “Aí, Beethoven”, Jesus no Cyber Cafe do Inferno. </p> <p></p> <p></p> <p></p> <p></p> <p></p> <p></p> <p></p> <p></p> <p></p> <p></p> <p></p> <p></p> <p></p> <p><strong>E que venha 2009!</strong></p> João Rodrigo Zanettihttp://www.blogger.com/profile/07700987336370091066noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7678315969125228384.post-12410633702731876942009-02-11T14:06:00.001-02:002009-02-11T14:08:57.326-02:00O Pop BastardoPrimeiro, veja esse vídeo: <br /><br /><div class="wlWriterEditableSmartContent" id="scid:5737277B-5D6D-4f48-ABFC-DD9C333F4C5D:480c6ebf-ab15-4e77-8e65-0dbf0b77a355" style="padding-right: 0px; display: inline; padding-left: 0px; float: none; padding-bottom: 0px; margin: 0px; padding-top: 0px"><embed src="http://www.youtube.com/v/VaS_1Oq5Y7g&hl=pt-br&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent" width="425" height="355"></embed></div><br /><br />Pois é, é 50 Cent cantando sua In Da Club sobre o intrumental de Dancing Queen, do Abba. Resultando no que o D.J. J-Stroke, autor da junção, chamou de Queen of Da Club. <br /> A esse tipo de combinação de músicas se dá o nome de Mash up ou Bastard Pop, bastard porque a música acaba não sendo nem do 50 cent nem do abba, e imagina-se que não vai tocar no rádio e nem ser vendida em cds, apesar de conquistar muito espaço na internet e até em festas dedicadas unicamente a isso. <br /><br /> Porém, a idéia é tão boa que chega ao <em>mainstream</em> sim, como na MTV, onde o programa MTV Mash tinha programação dedicada a Mash Ups, como no exemplo abaixo: <em>Hey We Will Rock You Ya</em>, por Outkast+Queen<br /><br /><div class="wlWriterEditableSmartContent" id="scid:5737277B-5D6D-4f48-ABFC-DD9C333F4C5D:48cac98f-f9b7-44a7-a4f0-a32249973df8" style="padding-right: 0px; display: inline; padding-left: 0px; float: none; padding-bottom: 0px; margin: 0px; padding-top: 0px"><embed src="http://www.youtube.com/v/kfadLhw14l8&hl=pt-br&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent" width="425" height="355"></embed></div><br /><br />Outro exemplo aconteceu na festa do Grammy de 2006, quando Madonna, ao vivo, cantou sua <em>Hung Up</em> enquanto os Gorillaz tocavam <em>Feel Good Inc.</em>, veja só:<br /><br /><div class="wlWriterEditableSmartContent" id="scid:5737277B-5D6D-4f48-ABFC-DD9C333F4C5D:111fd7fd-af35-4623-9c81-6074b6fff07b" style="padding-right: 0px; display: inline; padding-left: 0px; float: none; padding-bottom: 0px; margin: 0px; padding-top: 0px"><embed src="http://www.youtube.com/v/0EkeAOrqcMY&hl=pt-br&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent" width="425" height="355"></embed></div><br /><br />Normalmente as músicas são feitas a partir de uma versão instrumental de uma música e uma acapella da outra, procurando no soulseek ou outro programa de compartilhamento, se encontra mais músicas acapella do que se pode imaginar. E pensar possibilidades de combinações é muito divertido, eu emsmo já tive umas idéias, mas não consegui editar as músicas ainda, quem sabe depois eu poste aqui.<br /> Vão aí mais alguns exemplos, se interessar , procure no youtube memso, há uma infinidade lá.<br /><br /><div class="wlWriterEditableSmartContent" id="scid:5737277B-5D6D-4f48-ABFC-DD9C333F4C5D:9ddc5810-5a20-4226-82d1-a373bf0ba6e8" style="padding-right: 0px; display: inline; padding-left: 0px; float: none; padding-bottom: 0px; margin: 0px; padding-top: 0px"><embed src="http://www.youtube.com/v/BnVnkHdp3UA&hl=pt-br&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent" width="425" height="355"></embed><div style="clear:both;font-size:.8em;">Tom Jones + The Prodigy</div></div><br /><br /><div class="wlWriterEditableSmartContent" id="scid:5737277B-5D6D-4f48-ABFC-DD9C333F4C5D:010ec3d5-d416-42a7-9326-74454cd7027a" style="padding-right: 0px; display: inline; padding-left: 0px; float: none; padding-bottom: 0px; margin: 0px; padding-top: 0px"><embed src="http://www.youtube.com/v/buOBteVY2LI&hl=pt-br&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent" width="425" height="355"></embed><div style="clear:both;font-size:.8em;">M.I.A. + New Order</div></div><br /><br /><div class="wlWriterEditableSmartContent" id="scid:5737277B-5D6D-4f48-ABFC-DD9C333F4C5D:0c56e99e-bee4-43ad-a484-d363d52c15d7" style="padding-right: 0px; display: inline; padding-left: 0px; float: none; padding-bottom: 0px; margin: 0px; padding-top: 0px"><embed src="http://www.youtube.com/v/TBRoNvZGpvE&hl=pt-br&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent" width="425" height="355"></embed><div style="clear:both;font-size:.8em;">Green Day + Oasis</div></div><br /><br />É isso, divirtam-se!Rafael Marconhttp://www.blogger.com/profile/04142419206086480353noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7678315969125228384.post-55787534339357035272008-12-19T00:16:00.025-02:002008-12-26T02:06:09.406-02:00Adeus, ano velho!Dezembro é aquele mês em que as pessoas ponderam sobre como foi o ano que está acabando, que os canais de TV passam suas retrospectivas destacando o que mais foi notícia, e que blogs como este, que falam de música, fazem listas de melhores discos do ano. Não tentarei dizer quais foram os melhores, tanto por nem ter ouvido tantos discos esse ano quanto porque, afinal, quem sou eu pra dizer o que é melhor que o que, né? Então essa lista tá mais para “Os discos que o Rafael mais curtiu em 2008” do que para “Os Melhores do ano”<br /> <i>In Rainbows</i>, do Radiohead, fica de fora porque eu o considero um lançamento de 2007, apesar de só ter ido pras lojas em cd dia 01/01/08<br /> Então aí vai a lista, do último ao primeiro lugar.<br /><br /><b>10 – Anywhere I Lay My Head – Scarlett Johansson</b><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_TacHzR4fgvE/SUvRMwt5xfI/AAAAAAAAACU/NmUiUbcQ1aw/s1600-h/anywhere-i-lay-my-head.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 300px; height: 300px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_TacHzR4fgvE/SUvRMwt5xfI/AAAAAAAAACU/NmUiUbcQ1aw/s320/anywhere-i-lay-my-head.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5281545005188105714" /></a><br /> Em seu primeiro registro fonográfico, Scarlett Johansson, mais conhecida por seu trabalho como atriz, apresenta onze canções, sendo que dessas, apenas uma é original (<i>Song for Jo</i>) e dez são regravações, todas de Tom Waits. Eu não conheço as gravações originais, e até vi por aí fãs do autor reclamando do disco de Scarlett, mas gostei das versões da moça. O disco é todo levado em ritmo lento – exceto por <i>I Don’t Wanna Grow Up</i>, que faz lembrar que os Ramones já a regravaram antes – e em ambientação meio obscura, apoiada em longas notas de órgão. Isso faz com que nem sempre seja fácil ouvir os 45 minutos do album de uma só vez, mas se você estiver no clima certo, vai muito bem.<br /><br />Destaques: A instrumental <i>Fawn</i>, que abre o disco, e <i>Falling Down</i>, com participação de David Bowie.<br /><br /><b>9 – Segundo Ato – O Teatro Mágico</b><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_TacHzR4fgvE/SUvRutBJTqI/AAAAAAAAACc/T3Rgadapphs/s1600-h/O+Teatro+M%C3%A1gico+-+Segundo+Ato+(2008).jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 300px; height: 300px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_TacHzR4fgvE/SUvRutBJTqI/AAAAAAAAACc/T3Rgadapphs/s320/O+Teatro+M%C3%A1gico+-+Segundo+Ato+(2008).jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5281545588310625954" /></a><br /> Após alguns anos de espera e já sem alguns de seus membros originais, a trupe (como prefere ser chamada) de Fernando Anitelli apresenta seu segundo disco. Várias músicas já eram conhecidas de quem frequenta os shows da banda (não exatamente o meu caso) e só esse ano tiveram suas versões de estúdio lançadas, mas há também boas novidades.<br /> Neste segundo ato, Anitelli trata em suas composições de temas mais sérios do que no primeiro lançamento. Aqui aparecem moradores de rua, trabalhadores explorados, televisão alienante, arte desvalorizada, e ainda algumas sobre comportamento e relacionamentos, todas bastante interessantes.<br /><br />Destaques: <i>Xanéu N°5</i>, com Zeca Baleiro, e <i>“...”</i>, a faixa que fecha o disco e inclui uma música bônus.<br /><br /><b>8 – Save Your Soul – She Wants Revenge</b><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_TacHzR4fgvE/SUvSNsVwo2I/AAAAAAAAACk/Y9i23o4-Wx8/s1600-h/l_cb3034faf6f64c2e5341bc769a300790.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 300px; height: 299px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_TacHzR4fgvE/SUvSNsVwo2I/AAAAAAAAACk/Y9i23o4-Wx8/s320/l_cb3034faf6f64c2e5341bc769a300790.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5281546120704598882" /></a><br /> Este é o único da lista que não é exatamente um álbum, e sim um EP (algo longo demais pra ser um single e curto demais pra ser um álbum), tem apenas 4 músicas, mas 4 belas músicas, então merece um lugar na lista.<br /> A banda americana que ano passado mesmo lançou o também muito bom <i>This is Forever</i>, esse sim um álbum com suas 13 faixas, aparece agora no formato reduzido, e se dá muito bem nele. Com uma pegada menos sintetizada e eletrônica que anteriormente, os quase 18 minutos do disco revelam a banda em momentos ora mais pesados, ora mais melodiosos, mas sempre com a mesma empolgação de sempre.<br /><br />Destaque: <i>Save Your Soul</i>, a faixa título.<br /><br /><b>7 – Consoler of the Lonely – The Raconteurs</b><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_TacHzR4fgvE/SUvSs6mG6jI/AAAAAAAAAC0/aBzFgRSTDRQ/s1600-h/Consolers+of+the+Lonely.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 300px; height: 300px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_TacHzR4fgvE/SUvSs6mG6jI/AAAAAAAAAC0/aBzFgRSTDRQ/s320/Consolers+of+the+Lonely.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5281546657107208754" /></a><br /> Ao contrário do que muitos pensavam, os Raconteurs, banda que conta com Jack White, dos White Stripes, não era apenas um projeto paralelo de um disco só. Eles voltaram em 2008, com <i>Consoler of the Lonely</i>.<br /> Aqui o senhor White não parece tão maluco como nos stripes – em que faz música de tourada e toca marimba – apesar de manter seus solos estridentes e seu timbre característico de voz. A banda apresenta bons rocks, às vezes com jeito de folk e blues, quase sempre com refrões marcantes e momentos em que as músicas crescem em arranjos grandiosos que contam com violinos, conjuntos de sopro, piano, além das tradicionais guitarras, baixo e bateria.<br /> No geral, a banda de rock do Jack White, como o Jão costuma chamar os Raconteurs, parece mais uma banda madura e menos um projeto paralelo.<br /><br />Destaques: <i>The Switch and the Spur, Many Shades of Black</i>, e a épica western <i>Carolina Drama</i><br /><br /><b>6 – Tudo se Torna - ½ Dúzia de 3 ou 4</b><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_TacHzR4fgvE/SUvUVuCzjlI/AAAAAAAAAC8/OXy-Syo8uLI/s1600-h/encarte-tudo-se-torna-2.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 300px; height: 300px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_TacHzR4fgvE/SUvUVuCzjlI/AAAAAAAAAC8/OXy-Syo8uLI/s320/encarte-tudo-se-torna-2.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5281548457624178258" /></a><br /> Disco de estréia da banda paulista ½ Dúzia de 3 ou 4, que como eles mesmos dizem, faz MPB, nem tão P, mas bastante B. Já os vi ao vivo duas vezes, e em ambos os shows, assim como no disco, a banda é irreverente, original e muito competente musicalmente.<br /> No álbum, de 14 faixas, há espaço para samba, baião, e vários outros ritmos. Uma característica que me agrada a banda é a presença de várias vozes, masculinas e femininas, que lembram Karnak e Tom Zé, por exemplo. Este último é inclusive homenageado na música <i>Tom Zé é Pai</i>. Além da canção para Tom Zé, ainda aparecem no disco Sasha, Marco Maciel e outros assuntos que as vezes passam batido pelo cotidiano mas que a banda faz questão de nos lembrar.<br /><br />Destaques:<i>Samba da ONG</i>, que questiona a validade de parte do terceiro setor, <i>Gingko Biloba</i> e <i>Sabe Vó</i>, sobre a morte de passarinhos e dignidade do tratamento de seus corpos.<br /><br /><b>5 – Estudando a Bossa – Nordeste Plaza – Tom Zé</b><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_TacHzR4fgvE/SUvUiOlQ3uI/AAAAAAAAADE/zXn7AQSUaI4/s1600-h/tom-ze-estudando-a-bossa.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 300px; height: 298px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_TacHzR4fgvE/SUvUiOlQ3uI/AAAAAAAAADE/zXn7AQSUaI4/s320/tom-ze-estudando-a-bossa.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5281548672517070562" /></a><br /> Em 2008 a Bossa Nova completou 50 anos, Tom Zé completou 72. Portanto, é de se imaginar que ele a conheça bem.<br /> O terceiro disco de estudo do baiano – os outros são <i>Estudando o Samba</i>, de 1976, e <i>Estudando o Pagode</i>, de 2005 – foi considerado por alguns como a melhor homenagem entre tantas que a bossa recebeu pelo seu cinquentenário. A seu modo, Tom condensa em pouco mais de 40 minutos todos os elementos essenciais da bossa, como o mar, a síncope, a voz sussurrada e tudo mais. No disco estão referências a João Gilberto, Caymmi, Tom Jobim, Vinicius, etc. Até os cantores anteriores à bossa, para quem esta foi um terremoto, nas palavras do disco, aparecem.<br /> Na maior parte do tempo, Tom apresenta uma leveza muito diferente do seu disco anterior, <i>Danç-Êh-Sá</i>, e é acompanhado por cantoras em 12 das 14 faixas do álbum(Zélia Duncan, Fernanda Takai, Mônica Salmaso, entre outras), que se completa com uma faixa que tem David Byrne e outra em que Tom canta sozinho mesmo.<br /> Novamente Tom Zé mostra que o tempo não lhe tira em nada as capacidades de fazer coisas novas, únicas e excelentes.<br /><br />Destaques: <i>Barquinho Herói, Outra Insensatez, Poe!, </i>com versão em inglês por David Byrne e <i>Solvador, Bahia de Caymmi</i>, homenagem a Dorival Caymmi, que faleceu neste ano.<br /><br /><b>4 – The Age of the Understatement – The Last Shadow Puppets</b><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_TacHzR4fgvE/SUvVWo-4fBI/AAAAAAAAADM/ZNFLFr6qn2A/s1600-h/Capa.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 300px; height: 299px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_TacHzR4fgvE/SUvVWo-4fBI/AAAAAAAAADM/ZNFLFr6qn2A/s320/Capa.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5281549572957043730" /></a><br /> Os Last Shadow Puppets são Alex Turner, dos Arctic Monkeys, e Miles Kane, dos Rascals. The Age of the Understatement é o primeiro lançamento dos dois juntos. Espero que não parem por aqui.<br /> O disco tem uma riqueza de arranjos muito interessante, sempre com orquestrações bem perceptíveis, remetendo a gravações de outras décadas, mas mantendo a pegada enérgica num estilo característico ao rock mais recente de onde saíram os caras da banda, e que tem os Arctic Monkeys como um dos maiores representantes.<br /> Se você gosta dos Monkeys ou dos Rascals, vale a pena ouvir, se não, vale também, pois o som dos Shadow Puppets não é uma mera ligação dessas bandas.<br /><br />Destaques: <span style="font-style:italic;">Calm Like You, Black Plant</span> e <span style="font-style:italic;">The Time Has Come Again</span>, a última e mais calma do disco.<br /><br /><span style="font-weight:bold;">3 – Little Joy – Little Joy</span><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_TacHzR4fgvE/SUvVsZvxBoI/AAAAAAAAADU/meZMLfatQLA/s1600-h/06.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 300px; height: 300px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_TacHzR4fgvE/SUvVsZvxBoI/AAAAAAAAADU/meZMLfatQLA/s320/06.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5281549946824230530" /></a><br /> Assim como o disco anterior, este também é uma junção de membros de outras bandas. Fabrizio Moretti, dos Strokes, e Rodrigo Amarante, dos Hermanos, integram o Little Joy, que se completa com Binki Shapiro, a namorada de Fabrizio. E assim como no disco dos Last Shadow Puppets, quem espera uma mistura das bandas dos caras aqui se engana redondamente, e logo de cara, pois a primeira coisa que se ouve colocando esse disco pra tocar é um Ukelele, que dá início a um clima de praia que permeia todo o álbum.<br /> Apesar de algumas coisas lembrarem os strokes e os hermanos – principalmente, claro, a voz de Amarante, apesar de cantar em inglês 10 das 11 faixas do disco – o som do Little Joy é bastante original, com boas surpresas nas baladas sussurradas pela banda toda junta, na suavidade de quando Binki assume a voz principal, e nos ritmos que as vezes lembram o rock dos anos 50 e 60.<br /><br />Destaques: <span style="font-style:italic;">Brand New Start</span>, com refrão contagiante, <span style="font-style:italic;">Keep me in Mind</span>, a que mais tem jeito de Hermanos misturado com Strokes, e <span style="font-style:italic;">Evaporar</span>, que fecha o disco com letra em português.<br /><br /><span style="font-weight:bold;">2 – Oracular Spetacular – MGMT</span><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_TacHzR4fgvE/SUvWgh8E5_I/AAAAAAAAADc/tbQvZpcMoys/s1600-h/mgmt_oracularspetacular_cover.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 300px; height: 300px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_TacHzR4fgvE/SUvWgh8E5_I/AAAAAAAAADc/tbQvZpcMoys/s320/mgmt_oracularspetacular_cover.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5281550842376546290" /></a><br /> Este disco, assim como o In Rainbows, foi lançado digitalmente em 2007 e fisicamente em 2008. Mas como não teve o mesmo alarde em torno de seu lançamento que o disco do Radiohead, Oracular Spetacular foi aparecer mesmo esse ano, então vale pra essa lista.<br /> O Eletrorock da dupla formada por Ben Goldwasser e Andrew VanWyngarden foi destaque no mundo todo por combinar ritmo empolgante com efeitos e timbres psicodélicos (que aliás, me fazem lembrar dos Flaming Lips) em canções que soam muito novas e ficam tocando na cabeça depois de ouvidas.<br /><br />Destaques: <span style="font-style:italic;">Weekend Wars, The Youth, Kids, The Handshake.</span><br /><br /><span style="font-weight:bold;">1 – O Coração do Homem-Bomba I e II – Zeca Baleiro</span><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_TacHzR4fgvE/SUvYIuLKmMI/AAAAAAAAAD8/QQ9UwKImJJg/s1600-h/mubi3337.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 300px; height: 290px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_TacHzR4fgvE/SUvYIuLKmMI/AAAAAAAAAD8/QQ9UwKImJJg/s320/mubi3337.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5281552632367454402" /></a><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_TacHzR4fgvE/SUvYR8EPBdI/AAAAAAAAAEE/UJ1za9OWB68/s1600-h/21460247_4.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 300px; height: 301px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_TacHzR4fgvE/SUvYR8EPBdI/AAAAAAAAAEE/UJ1za9OWB68/s320/21460247_4.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5281552790715303378" /></a><br /> E finalmente, o primeiro colocado da lista, o álbum de 2008 que mais me diverti ouvindo. Se bem que é normal se dedicar mais a este, já que O Coração do Homem-Bomba, lançado em dois volumes – o primeiro em agosto e o segundo em novembro – tem 27 faixas (28 contando a faixa bônus) e totaliza quase noventa minutos de música. E não é qualquer música, parece que ultimamente Baleiro esteve inspirado como quando lançou <span style="font-style:italic;">PetShopMundoCão</span>, já citado aqui no blog anteriormente.<br /> Tudo que sempre apareceu de legal em sua carreira aparece aqui, letras engraçadas, ritmos dançantes, regravações inspiradas, baladas românticas, referências à cultura maranhense (a terra do cantor), citações a grandes nomes da música brasileira (Raul Seixas, Geraldo Vandré, Odair José, entre outros), crítica social, misturas inusitadas na construção das músicas.<br /> Enfim, se eu tiver que sugerir a alguém um único disco de 2008 para ouvir, será esse. Ou esses, depende do ponto de vista. Eu coloco como um só porque senão ia ter dois discos do Zeca Baleiro numa lista de 10.<br /><br />Destaques: Do volume I: <span style="font-style:italic;">Vai de Madureira, Ela Falou Malandro, Geraldo Vandré. </span>Do Volume II: <span style="font-style:italic;">Era, Tacape, Pastiche.</span><br /><br /> Pronto. Aí a minha lista de discos desse ano. Se você sentiu falta de algum, pode ser porque eu não tive tempo de ouvir todos que queria (nessa situação podem estar <span style="font-style:italic;">Third</span>, do Portishead, o de estréia dos Ting Tings e o disco vermelho do Weezer), ou então porque eu ouvi e não foi mesmo dos meus favoritos. Tem outros que eu sei que são legais mas que não ficaram na lista, como os discos ao vivo lançados esse ano pelo Blue Man Group (<span style="font-style:italic;">How to Be a Mega Star Live</span>) e pelo Justice (<span style="font-style:italic;">A Cross The Universe</span>). Esse ano teve ainda o lançamento mais aguardado da história – aguardado por 15 anos - Chinese Democracy, que ainda não ouvi e não sei se ouvirei, já que não sou fã do Guns nem nada. Mas que é bom ser citado pra lembrarmos que tudo é possível.<br /> Se tem algum disco desse ano que você gostou e não está aqui nesse post, comente dizendo qual é, até para que eu possa ouvi-lo e ver se gosto também.<br /><br /> Paro por aqui porque esse já deve ser o post mais longo do blog.<br /><br /> Até 2009!Rafael Marconhttp://www.blogger.com/profile/04142419206086480353noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7678315969125228384.post-47308445424107693792008-10-29T01:54:00.006-02:002008-10-29T13:45:19.767-02:00Los Hermanos, e o que veio depois<p><a href="http://lh3.ggpht.com/mudigov/SQftKem6b2I/AAAAAAAAAMA/HVTx-WMefz8/s1600-h/lh%5B17%5D.jpg"><img title="lh" style="border-width: 0px; display: block; float: none; margin-left: auto; margin-right: auto;" alt="lh" src="http://lh4.ggpht.com/mudigov/SQftLAUY9MI/AAAAAAAAAME/7mfU-XuYRCI/lh_thumb%5B15%5D.jpg?imgmax=800" width="266" border="0" height="158" /></a> </p> <p> Los Hemanos é uma das melhores bandas nacionais (e internacionais) que surgiram recentemente, na minha opinião.<br />É sério, eu poderia escrever metros sobre eles, sobre cada CD, sobre as características principais de cada músico e cada música, sobre minhas partes favoritas de suas obras, letras e sonoridades. Dá muita, mas muita coisa.</p> <p> <u>Sugestões rápidas:</u> <br />- Álbum: <em>Ventura</em>. É uma coisa absurda, um CD completo, lindo. Isso é unanimidade entre fãs de Los Hermanos. Eu também gosto muito do último lançado, o <em>4</em>. Acho muito bonito e complexo, em letras e, principalmente, músicas. <br />- Música: <em>Do Lado de Dentro</em>. É do Ventura, e uma das que eu mais gosto de todas deles. A letra ilustra muito bem a capacidade criativa do Marcelo Camelo. E também <em>Condicional</em>, dessa vez do <em>4</em> e de composição do Rodrigo Amarante. Destaque para seu jeito peculiar de cantar e seu ritmo <em>rock-mpb-moderninho</em>. O <a href="http://br.youtube.com/watch?v=QotTq69h_DI" target="_blank">clipe</a> dessa música também é muito legal.</p> <p align="justify"> Mas o que importa agora é falar menos em Los Hermanos (é, preciso me conter, porque é dificil. Quem sabe um post futuro, falando páginas só do Ventura!) e mais do que surgiu depois do recesso anunciado no ano passado. Dois projetos, em especial. Dois projetos, cada um de um dos cantores da banda.</p> <p> </p> <table width="435" border="0" cellpadding="2" cellspacing="0"><tbody> <tr> <td valign="top" width="209"><img title="camelo" style="display: block; float: none; margin-left: auto; margin-right: auto;" alt="camelo" src="http://lh4.ggpht.com/mudigov/SQftLpISrvI/AAAAAAAAAMI/dRX4Pe9rv48/camelo_thumb%5B7%5D.jpg?imgmax=800" width="55" height="91" /></td> <td valign="top" width="29"><br /></td> <td valign="top" width="234"><img title="amarante" style="display: block; float: none; margin-left: auto; margin-right: auto;" alt="amarante" src="http://lh6.ggpht.com/mudigov/SQftMGP2yuI/AAAAAAAAAMM/wBhzdWVUMzI/amarante_thumb%5B11%5D.jpg?imgmax=800" width="82" height="91" /></td> </tr> <tr> <td valign="top" width="209"> <p align="justify"></p> <p align="left"></p> <p align="justify"><strong>Marcelo Camelo</strong> <br />Marcelo Camelo – <em>Sou <br /> <br />Sou</em>, lançado em setembro, é um CD que tem bem o “jeitão” do Camelo. Algo que já vinha acontecendo nos CDs dos Hermanos. Um pé na bossa nova. Na verdade, um pezão! Fazendo o que na minha opinião é uma bela bossa contemporânea, que não é presa aos anos dourados do ritmo, e nem tão <em>moderninha</em> que chegue a se descaracterizar, o CD conta com músicas ora melancólicas, como ele faz e sempre fez muito bem, ora bonitinhas, ora saudosistas, e ora até com um pé no erudito! </p> <p align="justify">Das melancólias tem-se <em>Doce Solidão</em> como exemplo, que tem um assovio e melodia muito bonitos, fora a letra, que nas músicas do Camelo é sempre muito boa (inclusive, eu não vou mais falar das letras dele pra economizar espaço, considere que elas SEMPRE são incríveis). <br />Quanto às bonitinhas, temos <em>Janta</em>, música com partes em inglês e protuguês gravada com a menina-prodígio do folk nacional, Mallu Magalhães. A voz de menina dela reforça bastante o tom <em>fofo</em> da música. Melodia simples e marcante. Muito boa. <br />O saudosimo é marcado no disco pela música <em>Copacabana</em>, uma marchinha de carnaval perfeita, como se tivesse sido retirada daquele Rio de Janeiro antigo, dos primeiros carnavais. Não só tem uma melodia perfeita como uma letra especial. Fala tanto do macro quanto do micro. Tanto “<em>Todo destino padece aqui/ Você precisa ver como fica no carnaval”</em> quanto “<em>O bairro do peixoto é um barato/ E os velhinhos são bons de papo</em>”. <br />Finalmente, o pé no erudito vem através da música <em>Saudade</em>, que possiu um arranjo de violão clássico, algo que não se vê tanto por aí hoje em dia, principalmente em música popular brasileira. Música original e muito, muito bonita. Além dela, existem outras duas faixas instrumentais, só com piano. Uma é regravação da própria <em>Saudade.</em> Outra, também regravação de uma música do mesmo CD, <em>Passeando</em>. <br />E vale dizer que o tal do tom <em>rock-mpb-moderninho</em> característico dos Hermanos também teve seu lugar, em <em>Téo e a Gaivota</em>. Além desses, vale atentar para <span style="font-style: italic;">Liberdade</span>, gravada com o acordeon de Dominguinhos.<br /></p> <p align="justify">Por fim, <em>Sou</em> é um CD diferente do que se tem hoje, pelo menos para artistas de tão grande escalão, como o Camelo. Feliz e triste, agitado e calmo, novo e velho. Sou e Nós.</p> <p align="justify"> </p> </td> <td valign="top" width="29"><br /></td> <td valign="top" width="234"> <p align="justify"><strong>Rodrigo Amarante <br /></strong>Little Joy – <em>Little Joy <br /></em> <br /><em>Little Joy</em>, que ainda nem foi lançado – será dia 4 de novembro, mas as músicas já vazaram na internet e eu já ouvi. é. desculpa, Amarante! – é um CD que tem bem o “jeitão” do Amarante. Algo que já vinha acontecendo nos CDs dos Hermanos. Uma busca pelo rock (mais) alternativo, um jeito mais “largado”. Em parceria com o baterista dos Strokes, Fabrizio Moretti, também brasileiro, e Binki Shapiro, namorada deste, o cd tem um rock bonito e tranquilo, com um quê “tropical” e uma sonoridade nova que remete a músicas antigas.</p> <p align="justify">As tais sonoridades já são bem percebidas na primeira música, <em>The Next Time Around</em>. Há um <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ukelele" target="_blank">ukelele</a> e <em>backing-vocals</em> que também tem algo “tropical-antigo”, algo esse que aliás não sei explicar. Nessa música, assim como no CD todo, há a presença tanto do inglês como do português. Uma boa música-síntese. Mas não tão marcante quanto a que vem em seguida, <em>Brand New Start</em>. Com certeza a música mais fácil e gostosa de ouvir do CD. Bonita, leve e cantada de um jeito gostoso por amarante, tem uma melodia bem agradável e o refrão mais marcante desse CD, e de muitos outros. <br />Outro destaque é <em>No One’s Better Sake</em>. Ainda (e sempre) com a sonoridade retrô, é marcada (pelo menos para mim), pelo refrão diferente, com uma bela linha de órgão e a voz “suave” do Amarante. <br />Ainda há <em>Shoulder to Shoulder</em>, a música que mais estou gostando no momento. É calminha, com notas marcadas, e como parece fácil nesse CD, um refrão lindo. Talvez não tão marcante quanto <em>Brand New Start</em>, mas na minha opinião, mais bonito. As notas, a voz e os backing-vocals fazendo a base para os acordes. <br />Mais: <em>With Strangers</em>. Contrariando um pouco o tom animadinho do CD, essa música é mais melancólica, com uma melodia mais densa e um instrumental menos cheio de coisas. Conta principalmente com violão, voz e backing-vocals (que são talvez os mais bonitos do CD). A voz do Amarante cabe bem, arrastada. <br />Além desses destaques, pode-se atentar para <em>Evaporar</em>, música do Amarante inteira em português, e para as músicas em que Binki assume os vocais, seja no meio da música, seja nela toda, como em <em>Unattainable</em>.</p> <p align="justify">Por fim, <em>Little Joy</em> é um CD de rock alternativo bonito, diferente e tranquilo, com músicas marcantes, seja em inglês ou português. Digno do Amarante, um artista de tão grande escalão.</p> <p align="left"> </p> </td> </tr> <tr> <td valign="top" width="209"><a href="http://lh6.ggpht.com/mudigov/SQftMkzsFaI/AAAAAAAAAMQ/36SdQAYF214/s1600-h/sou%5B24%5D.jpg"><img title="sou" style="display: block; float: none; margin-left: auto; margin-right: auto;" alt="sou" src="http://lh3.ggpht.com/mudigov/SQftNBlXTEI/AAAAAAAAAMU/xG3IHnUdzP8/sou_thumb%5B22%5D.jpg?imgmax=800" width="150" height="150" /></a></td> <td valign="top" width="29"><br /></td> <td valign="top" width="234"><a href="http://lh6.ggpht.com/mudigov/SQftN4UDq6I/AAAAAAAAAMY/rJwJ4DbN5Yk/s1600-h/lj%5B17%5D.jpg"><img title="lj" style="display: block; float: none; margin-left: auto; margin-right: auto;" alt="lj" src="http://lh6.ggpht.com/mudigov/SQftSf6BayI/AAAAAAAAAMc/lRz1txhDwgk/lj_thumb%5B15%5D.jpg?imgmax=800" width="151" height="150" /></a></td> </tr> </tbody></table>João Rodrigo Zanettihttp://www.blogger.com/profile/07700987336370091066noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7678315969125228384.post-594899697358823952008-09-22T02:20:00.002-03:002008-10-01T03:22:03.312-03:00Deslizes, detalhes...<div style="text-align: justify;">O que torna um disco ao vivo diferente de um disco de estúdio? Não tenho dúvida alguma que esta seja uma pergunta um tanto óbvia, desnecessária. Mas, sinceramente, não enxergo uma resposta imediata.<br /></div><div style="text-align: justify;"><br /> Discos ao vivo, geralmente, apresentam menor qualidade e pureza sonora que discos de estúdio? Não necessariamente. Com a portabilidade do hardware de captação e armazenamento de áudio tornou-se possível obter uma qualidade de som ao vivo equiparável à de estúdio. Como exemplo posso citar o álbum Prenda Minha, de Caetano Veloso.<br /><br /> Na verdade, o que de fato diferencia as duas ocasiões é a possibilidade que existe, no estúdio, de se regravar exaustivamente, aplicando detalhes, modificando pequenos trechos de cada faixa sonora. Da mesma forma, o cantor pode corrigir cada detalhe de sua interpretação. Se esse processo de trabalho exaustivo em cada música de um disco pode aproximá-lo da perfeição em sua execução, eliminando imperfeições, deslizes e ruídos, por outro lado, um disco de estúdio nunca terá a mesma energia que um disco ao vivo.<br /><br /> É claro que existem artistas que preferem um tipo de gravação específico. Os Beatles puderam experimentar novas formas de abordagem da gravação em estúdio numa época em que a tecnologia evoluiu de forma intensa. Os experimentos realizados e efetivados em seus álbuns Revolver, Sgt. Peppers Lonely Hears Club Band, Magical Mystery Tour, The Beatles (White Album) e, no ápice do apuro no detalhe, na perfeição que flutua entre o clássico e o moderno, fechando no despudoradamente belo álbum Abbey Road.<br /><br /> Diferentemente, existem artistas que somente atingem seu ápice criativo no calor do palco, jamais conseguindo reproduzir essa emoção dentro de um estúdio. Ainda assim, existe uma questão nos discos gravados em shows ao vivo. Seria possível comparar o disco ao vivo à presença física do artista no show? Claro que não. É essa conclusão que me leva a questionar mais uma vez a real importância dos discos ao vivo. Afinal, o disco ao vivo é um extrato de algo maior, mais intenso e completo que é o show. Ainda mais se considerarmos artistas que possuem uma presença singular, que porta toda uma essência em sua postura. Essa argumentação toda poderia ser fechada e ficaríamos acreditando, então, que os discos ao vivo são inúteis, dispensáveis, praticamente um catarro dentro da produção artística dos músicos. Mas é claro que não fui convincente até então, porque sequer convenci a mim mesmo.<br /><br /> Vamos pegar um bom exemplo para fazer uma comparação. Ney Matogrosso interpretando Cartola. Existe o disco de estúdio e o ao vivo. Recentemente pude escutar os dois em ocasiões diversas. Um detalhe fundamental para o que vou dizer a seguir é termos a compreensão de que, tal como um livro ou um filme, escutar um mesmo disco em situações diversas é como que escutar discos distintos. Quando se escuta algo conversando com os amigos numa mesa de bar perde-se muito, ouve-se mas não se escuta. Já quando escutamos em nosso quarto fechados, luzes apagadas, é outra experiência, novas músicas surgem frente nossos sentidos. Da mesma forma, a cada vez que se ouve novamente esse disco, novas coisas são percebidas, podemos atemo-nos aos detalhes sem nos perdermos do todo. Abro um parêntesis aqui para citar os 5 minutos e 37 segundos da música Hey Jude, presente no Past Masters Two dos Beatles. Nesse instante da música pode ser escutado ao fundo uma voz masculina dizendo claramente “pega o cavaquinho”. Não fui eu quem descobri isso. Recentemente me disseram isso e, quando escutei, foi como se tivesse encontrado às minas do rei Salomão.<br /><br /> De volta ao assunto, foi numa dessas formas diferentes de escutar um mesmo disco que descobri uma nova importância do disco ao vivo. Enquanto caminhava escutando música no walk man – sim, sou da geração dos anos 90 – pude escutar o álbum Interpreta Cartola Ao Vivo. Pelo mais absurdo que pareça, apesar da qualidade de áudio prejudicada, que faz com que os instrumentos, como o violão, percam o brilho, e a voz se dissipe no ar, tendo menos impacto, menos projeção e força, ainda preferi escutar o disco ao vivo a ouvir o disco de estúdio. Foi quando fiz todos esses questionamentos e cheguei à conclusão de que quando se ouve música em movimento, necessitando dar atenção a outras coisas, ou seja, sem poder prestar tanta atenção aos detalhes, o disco ao vivo tem muito valor. Pois, como estamos imersos em um mundo nosso com os fones de ouvido; porém lidando com um outro mundo que se coloca à nossa frente, a energia, os detalhes do disco ao vivo surgem com mais força que os do disco de estúdio. Como detalhes, o disco ao vivo contém “erros” e deslizes conseqüência da espontaneidade que surge no palco. Ao meu ver, essa é sua especificidade.</div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/07163867624154724361noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7678315969125228384.post-57052731390771354342008-08-16T19:49:00.010-03:002008-10-01T03:23:26.431-03:00Tudo tem seu fim<div style="text-align: justify;"><a style="font-family: arial;" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEis5vhdyQ8sADr-r-LqKVsgdvWRVe_d7stT_dvdaJavhOcqOMInfNx983oWsBW5AsXG2U_rDqFnCKNMkFZJGjtO4RuyYFaCKh1HNeInxx0SkHafVCY1LyR-eYReZnmd_XNm69_3jDktd5Dk/s1600-h/Music-endbar.png"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEis5vhdyQ8sADr-r-LqKVsgdvWRVe_d7stT_dvdaJavhOcqOMInfNx983oWsBW5AsXG2U_rDqFnCKNMkFZJGjtO4RuyYFaCKh1HNeInxx0SkHafVCY1LyR-eYReZnmd_XNm69_3jDktd5Dk/s320/Music-endbar.png" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5235272179408506082" border="0" /></a><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >, até a melhor das músicas. Mas também é no fim que você pode encontrar as melhores supresas.</span><br /><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >Agora que o prólogo já foi feito, essa postagem trata de finais interessantes de músicas.</span><br /><br /><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >Há muitos e muitos jeitos de acabar uma música, uns mais tradicionais e uns mais ousados. Não que os tradicionais sejam ruins, lógico. O fade-out é perfeito em muitos casos, a parada no final do riff ou do refrão também. Mas quando você tem uma surpresa no final, dá um gostinho a mais. É comer o melhor do prato por último, é deixar a parte com mais queijo da pizza pro final. Metáforas toscas a parte, eu geralmente gosto quando tem algo "inesperado" no final da música.</span><br /><br /><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >E nem precisa ser nos ultimos segundinhos da música, pode ser na parte final, entende?</span><br /><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >Por exemplo, em </span><span style="font-weight: bold;font-family:trebuchet ms;font-size:100%;" >Death of a Martian</span><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >, última música do CD mais recente do Red Hot Chili Peppers, tudo ia seguindo normalmente, riffs bons, um refrão bem marcante, etc, até os 02:57, mais ou menos. A base muda para outro ciclo de acordes e o Anthony Kiedis entra cantando mais "falado". Assim, ele começa a meio que recitar um monte de coisa, como num rap, e a música vai crescendo, ficando mais cheia de ruídos e volume, e no final ele está quase gritando e a música chega ao ápice, terminando aos 04:24! Um minuto e meio de parte final! Coisa linda!</span><br /><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >Isso da parte final acontece também em </span><span style="font-weight: bold;font-family:trebuchet ms;font-size:100%;" >Carolina Drama</span><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >, dos Raconteurs. A música era calma e em partes normais, de 2 ou 4 versos. Aos 03:45, aproximadamente, depois do segundo "interlúdio" a música cresce repentinamente, fica bem mais cheia e mais pesada. Aí o Jack White faz o que consegue de melhor nos vocais: Grita. Na verdade, canta forte. É quase o mesmo esquema da música dos Chili Peppers, um rap mais forte que o resto da música. Aí todos os instrumentos que aparecem de vez em quando na música entram todos juntos, até um violino insano. E tudo termina num coro de "Lalalala, lalalala". Na verdade não acaba assim, depois disso tem uma partezinha com 4 frases só, bem calma de novo, parecida com o começo, pra emoldurar a coisa toda, que é uma história. Aliás, o fato de essa música ser uma história faz todo esse final ser mais bonito ainda. O que ocorre na música é o acompanhamento da curva de tensão da história. De acordo com a carga emocional da letra, a música ganha mais e mais força, até o final belo, caótico e denso (da letra e música). Imperdível. Ouça e leia.</span><br /><br /><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >Mas também, voltando ao topo, tem finais supreendentes que são realmente no finalzinho. Mas no finalzinho mesmo. Na verdade, no exato instante em que a música acaba! Sim, existe a paradinha e tal, mas quando a música é CORTADA de repente a coisa muda! É, de repente ela pára totalmente! Acaba! Sem fechar verso ou riff ou refrão, nada!</span><br /><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >É o caso (já falado em uma postagem anterior) de </span><span style="font-weight: bold;font-family:trebuchet ms;font-size:100%;" >Ize of the World</span><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >, dos Strokes. Julian Casablancas ainda estava cantando, a música ainda estava rolando! Tava no meio de um verso do refrão. E aí pára, some! E pronto!</span><br /><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >Ainda nessa do corte brusco, tem um exemplo que prova que finais diferentões não são coisa recente não (caso vc esteja pensando, porque os 3 exemplos até agora são de 2006 pra cá). </span><span style="font-weight: bold;font-family:trebuchet ms;font-size:100%;" >I Want You (She's so Heavy)</span><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >, dos Beatles! No final da música, tá rolando o instrumental do refrão, (agora sem a voz) repetidamente. Inclusive, é o momento em que a música está mais cheia de coisas também, ruídos e tal. E aí (novamente) pára! Pára no meio do instrumental! E pronto! Menos radical que a dos Strokes (que corta no meio de uma palavra), mas ainda ousado!</span><br /><br /><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >Outros dois exemplos legais: </span><br /><span style="font-weight: bold;font-family:trebuchet ms;font-size:100%;" >Have a Cigar</span><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >, do Pink Floyd, que no final tem o som repentinamente alterado pra simular um rádio, o que faz sentido na história do CD (</span><span style="font-style: italic;font-family:trebuchet ms;font-size:100%;" >Wish You Were Here</span><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >).</span><br /><span style="font-weight: bold;font-family:trebuchet ms;font-size:100%;" >Nude</span><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >, do Radiohead, que no final em si não tem nada demais, mas é utilizado invertido no começo. Ou seja, a música começa com o fim, invertido! Não deixa de ser um uso criativo do final!</span><br /><br /><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >Se você tiver outros exemplos, por favor poste nos comentários! Quanto mais, melhor!</span><br /><br /><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >Bom, então é isso! Até a próxi</span></div>João Rodrigo Zanettihttp://www.blogger.com/profile/07700987336370091066noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7678315969125228384.post-26748953266959458762008-07-31T02:03:00.008-03:002008-10-01T03:25:01.652-03:00As Meninas dos Jardins<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_TacHzR4fgvE/SJFLXl0HnwI/AAAAAAAAABM/3lKQKnWCQ3k/s1600-h/169848gg.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="http://1.bp.blogspot.com/_TacHzR4fgvE/SJFLXl0HnwI/AAAAAAAAABM/3lKQKnWCQ3k/s320/169848gg.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5229043511013646082" border="0" /></a>
<br /><meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 11"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 11"><link rel="File-List" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CRafael%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtml1%5C01%5Cclip_filelist.xml"><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} @page Section1 {size:595.3pt 841.9pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:35.4pt; mso-footer-margin:35.4pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Table Normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">Zeca Baleiro é um dos grandes nomes da música pop nacional dos dias de hoje, na minha opinião. E PetShopMundoCão (2002) é, ainda na minha opinião, seu melhor disco. Sendo ainda mais específico: <span style="font-weight: bold;">As Meninas dos Jardins</span>, décima faixa desse disco, é a mais interessante delas. E é sobre ela esse post.</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">
<br /></p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">Uma das características que mais me faz ser fã do Baleiro é a sua capacidade de misturar sonoridades e referências em suas músicas, talvez por isso eu goste tanto d’As Meninas dos Jardins. A música começa com um piano, depois entram instrumentos de orquestra, beat box e um cavaquinho, tudo de uma vez, antes de entrar a voz de Zeca. Daí já se percebe que as influências são múltiplas. Durante a música aparecem versos de <span style="font-style: italic;">Rua Augusta(Hervé Cordovil)</span>(gravada por Ronnie Cord, Mutantes, Raul, e outros) e <span style="font-style: italic;">Alegria, Alegria(Caetano Veloso)</span>.</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">A letra fala principalmente da desigualdade social, que a música situa na São Paulo contemporânea (referências a bairros e ruas da cidade, como a rua Oscar Freire, por exemplo), mas certamente não se limita a essa cidade ou a esse tempo (isso fica claro nos versos que precedem o título da música na letra: <span style="font-style: italic;">Caravela de Cabral / Morte e vida Severina / As Meninas dos Jardins gostam de rap</span>)</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">As Meninas dos Jardins gostam de rap. Isso me faz lembrar um verso de <span style="font-style: italic;">Nego Drama</span>, dos Racionais Mcs, em que Mano Brown canta “<span style="font-style: italic;">seu filho quer ser preto, rá, que ironia</span>”. Não é por acaso que me lembra, a música do Baleiro também cita Mano Brown, nos versos “<span style="font-style: italic;">eu vi o mano Mano Brown cantando um rap pra valer / eu vi o mano Mano Brown vestindo Gap na tv</span>”. Acho esse um dos grandes versos da letra, além de demonstrar admiração por Brown, Baleiro ainda comenta sobre a opção do rapper de se vestir com roupas de marca, o que pode gerar grandes discussões; mas esse é um assunto que deve ser olhado melhor nas letras do próprio Brown. Sobre as Meninas dos Jardins, elas gostam de rap mas não só disso, aproveitando-se de seu costume de fazer trocadilhos, Zeca diz que <span style="font-style: italic;">As Meninas dos Jardins gostam de rap / As meninas dos jardins gostam de happy end</span>, aí dá pra ver que elas podem gostar da pose de rapper e tudo mais, mas querem mais o mundo bonitinho dos filmes com final feliz.</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">O último estrofe da música é mais duro, soa ateu em <span style="font-style: italic;">orações ao vento / preces sem destino</span>. É imagético no verso <span style="font-style: italic;">Sangue no asfalto</span>, e recorre ao trocadilho novamente quando termina dizendo <span style="font-style: italic;">Ninguém é alto o suficiente que não possa rastejar</span>. Essa é a última frase que Zeca canta na música, depois disso entra um coro de mulheres cantando uma cantiga popular adaptada.
<br />
<br />"O meu boy morreu
<br />que será de mim?
<br />manda buscar outro correndo
<br />lá no itaim"</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">(na cantiga original, quem morre é um boi e o outro deve ser buscado no Piauí)</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">
<br /></p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">Depois disso, há uma conclusão instrumental da música, novamente beat box, orquestra e acaba só com o piano do começo.</p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">
<br /></p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">Uma coisa que eu pensei enquanto escrevia isso tudo é que a música também tem cara de narrativa mesmo. O cara acorda de manhã, vai trabalhar de motoboy, desce a rua augusta para fazer algum trabalho nos jardins (a augusta liga o centro aos jardins), passa pela oscar freire quando esta cruza a augusta, no fim acaba sofrendo um acidente e morrendo, aí entra a responsável cantando que precisa de um boy novo. Mas não garanto que seja isso, e nem precisa ser isso pra ser uma excelente letra.
<br /></p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">
<br /></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">Bem, no texto sobre o Kid17 eu disse que só por Idioteque valia a pena ouvir o disco, é chato me repetir, mas é verdade, por As Meninas Dos Jardins já vale a pena ouvir tudo que puder do Baleiro (e não é pouca coisa). Eu pulei um monte de coisa que queria ter dito aqui, pra não ficar um negócio tão longo e chato, mas espero ter conseguido despertar o interesse de ouvir a música em quem não a conhece.</p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">
<br /></p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_TacHzR4fgvE/SJFKkK-pJaI/AAAAAAAAAA8/Gv8GF-EonSo/s1600-h/petshopmundocao.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="http://1.bp.blogspot.com/_TacHzR4fgvE/SJFKkK-pJaI/AAAAAAAAAA8/Gv8GF-EonSo/s320/petshopmundocao.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5229042627636700578" border="0" /></a></p> Rafael Marconhttp://www.blogger.com/profile/04142419206086480353noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7678315969125228384.post-39453511205492900392008-07-30T22:55:00.013-03:002008-10-01T03:25:46.822-03:00O que importa é o amor<div style="text-align: justify;">As bandas de rock "moderno", ou "alternativo", ou qualquer coisa, estão mostrando ao mundo mais do que nunca que guitarra é muito mais criatividade e muito menos virtude.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmMtcq8F7qiaGHR6Y1EPPb4C7NHrCUU7u17Arbg8dZ8kFi8wrj3uZigA0SWoyOnceCqFWwHghZb3hbul0uvQstUuXIVfTV96jYYhj12PkI5q-P5bAnNfhqfw-wa5DDK3wLr_zxVJY1ONx-/s1600-h/YMJW.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5228995888538502242" style="margin: 0px auto 10px; display: block; cursor: pointer; text-align: center;" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmMtcq8F7qiaGHR6Y1EPPb4C7NHrCUU7u17Arbg8dZ8kFi8wrj3uZigA0SWoyOnceCqFWwHghZb3hbul0uvQstUuXIVfTV96jYYhj12PkI5q-P5bAnNfhqfw-wa5DDK3wLr_zxVJY1ONx-/s320/YMJW.jpg" border="0" /></a>Esses aí da foto são, pra quem não conhece, Yngwie Malmsteen e Jack White, respectivamente. Malmsteen é conhecido por sua incrível habilidade e destreza com a guitarra e as escalas musicais. É o rei dos <span style="font-style: italic;">arpeggios</span>, faz músicas abusrdamente complexas, rápidas e impossíveis de serem tocadas por pessoas normais (brincadeira. mas eu não consegui). Jack White é conhecido por liderar a banda/duo <span style="font-style: italic;">The White Stripes</span>, e por sua música minimalista, riffs pequenos e fáceis. Mas isso não o impede de destruir o mundo na guitarra. Aqueles riffs fáceis são tambéms pegajosos e fortes.<br /><br />O que eu quero dizer aqui é que hoje é muito claro pra mim que o que importa pra vc fazer música não é a virtude, e sim a criatividade. Criatividade depende de virtude? Não sei, acho que não, sinceramente.<br /><br />Nenhuma revolução precisou ocorrer pra isso poder ser falado. Na verdade eu acho que isso é mais um post meu pra mim mesmo. Eu já tive essa fase de só gostar de coisas extremamente difíceis. Foi minha fase Metallica. Eu ainda gosto deles. Mas abri bem a cabeça. (Aliás, fãs do Malmsteen, não me levem a mal: Eu reconheço que ele é foda, até acho legal <span style="font-style: italic;">Arpeggios From Hell</span>. É que a fase passou. E ele é o extremo oposto dos guitarristas que eu ouço hoje, então era útil pro exemplo.)<br /><br />É lógico. A simplicidade em detrimento da habilidade sempre existiu. Ramones, por grande exemplo. Mas como eu nem era nascido, e nem tinha amadurecido meu pensamento pra isso, prefiro pegar como exemplo as bandas atuais. Strokes, White Stripes, Arctic Monkeys. Nessas bandas, as linhas de guitarra geralmente são muito simples, "tocáveis", e incrivelmente boas! São fortes e eficientes. Aliás, foi ouvindo o que eu estou ouvindo nesse exato momento - Arctic Monkeys - que eu decidi escrever isso tudo. É incrível. É um riff que qualquer pessoa conseguiria fazer! Só que ninguém nunca tinha pensado nele. Aí o cara vai e faz, e vc não consegue parar de ouvir!<br />Os solos costumam existir em menor proporção (comparando com uma banda de metal melódico, por exemplo), e são mais simples e menores, na maioria das vezes. Porém ainda sim eficientes para a música (que é o que um solo tem que ser, na minha opinião, ao invés de uma demonstração desnecessária de skill). No caso do Jack White, são também bem mais estridentes e bizarros do que quaisquer outros solos de qualquer coisa que faça som no mundo.<br /><br />É isso, basicamente. Não vou me prolongar como fiz no último álbum do qual falei (tá ele merecia, vai). Mas fica aí a criatividade!<br /><span style="font-weight: bold;">Sugestão </span>forte: Ouçam o som desses caras: Albert Hammond Jr. e Nick Valensi (The Strokes), Jack White (The White Stripes, The Raconteurs), Alex Turner e Jamie Cook (The Arctic Monkeys).<br />E um brinde: John Frusciante. Do Red Hot Chili Peppers. É brinde pq não é rock moderno/alternativo/sei lá o que. Ele já foi eleito o guitarrista mais criativo do mundo, e suas linhas são geralmente simples, e muito originais. Puta som.<br /><span style="font-weight: bold;">Músicas?</span> "Seven Nation Army" - White Stripes (não tem música que mostre melhor um riff simples porém totalmente eficiente). "Flourescent Adolescent" - Arctic Monkeys. "Razorblade" - The Strokes. E lógico, "Readymade" - Red Hot, de brinde.<br /><br />Considerações finais:<br />- Os caras das guitarras complicadas podem ser criativos sim, pra quem pensou que eu estava falando o contrário. Esse post é mais sobre simplicidade eficiente nas guitarras atuais que sobre criatividade.<br />- Os caras das guitarras simples podem ter momentos complexos também. Só que esses momentos não são a maior parte da sua obra.<br />- Os caras das guitarras simples ENTENDEM, SIM, de música. Tá, não necessariamente todos, mas a grande maioria sim. Senão, não teriam conseguido imaginar esses tais riffs tão fáceis que qualquer um podeira fazer mas nos quais ninguém tinha pensado antes.<br />--- Eu não quero dizer que um tá errado e outro tá certo. Só tou mostrando um ponto-de-vista. Por isso mesmo. Nesse caso, a simplicidade criativa importa muito. Mas no final das coisas, o que importa é o amor.</div>João Rodrigo Zanettihttp://www.blogger.com/profile/07700987336370091066noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-7678315969125228384.post-29210440072582051062008-07-18T20:43:00.024-03:002008-10-01T03:26:42.818-03:00The Strokes - "First Impression of Earth"<div style="text-align: justify;"><meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 11"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 11"><link rel="File-List" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CWINXP%7E1%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtml1%5C01%5Cclip_filelist.xml"><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} @page Section1 {size:595.3pt 841.9pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:35.4pt; mso-footer-margin:35.4pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} /* List Definitions */ @list l0 {mso-list-id:951860913; mso-list-type:hybrid; mso-list-template-ids:1438175304 68550671 68550681 68550683 68550671 68550681 68550683 68550671 68550681 68550683;} @list l0:level1 {mso-level-tab-stop:36.0pt; mso-level-number-position:left; text-indent:-18.0pt;} ol {margin-bottom:0cm;} ul {margin-bottom:0cm;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--> </div><p style="text-align: justify;font-family:trebuchet ms;" class="MsoNormal" ><span style="font-size:85%;"><i>Desculpa se isso ficar muito longo!</i>
<br /></span></p><p style="text-align: justify;font-family:trebuchet ms;" class="MsoNormal" ><span style="font-size:85%;">
<br /></span></p><p style="text-align: justify;font-family:trebuchet ms;" class="MsoNormal" ><span style="font-size:85%;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWuiVfqFVS9xjcQNlevL5Nmn-UuldJ4sbk5aM4TSRiFCWVYn0OExwwX5lXrEfao6WGRx7W1m5lV-7W4-wb8blaRiOvUQIe1yddOpuhpaYJZ4iOrFnjETnmM7KmcxhFI5Njr2doMaJqkYjz/s1600-h/capa.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWuiVfqFVS9xjcQNlevL5Nmn-UuldJ4sbk5aM4TSRiFCWVYn0OExwwX5lXrEfao6WGRx7W1m5lV-7W4-wb8blaRiOvUQIe1yddOpuhpaYJZ4iOrFnjETnmM7KmcxhFI5Njr2doMaJqkYjz/s320/capa.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5224576288108387218" border="0" /></a>
<br />Os Strokes são hoje, pra mim, uma das melhores bandas em atividade no mundo. É.
<br />
<br />Aí eles lançaram o <i>First Impressions of Earth</i>, terceiro disco deles, no comecinho de 2006<i>.</i>
<br />Eu, que estava começando a viciar na banda, comprei o meu logo (mais pra frente eu vou explicar porque foi uma ótima escolha ter comprado - e não baixado - esse cd). Ouvi e foi amor à primeira escuta. Mas teve gente por aí que não gostou muito dele não, e fala isso até hoje. Falam que esse disco não tem mais a essência dos strokes, que não parece o <i>Is This It</i> </span><span style="font-size:85%;">(primeiro cd da banda), e bla bla bla<i>.</i>
<br />Tá, tudo bem, tem gente que não gosta porque não gostou mesmo. Mas sei lá, eu não acho que tenha perdido a essência ou coisa do tipo. O que aconteceu foi, na minha opinião, um aumento de complexidade nas músicas (tanto na gravação quanto no conteúdo). E qualquer um que já ouviu os primeiros dos Strokes e ouve o <i>FIOE</i> (vou chamar assim pra economizar teclado) percebe o que tá na cara: o FIOE é mais rockão! (Pra quem leu meu último post, sobre o dia do rock e tal, não pensa que eu tou me contradizendo aqui, querendo definir e rotular, é que eu usei o termo rockão pra falar que é mais pesado, mais nervoso, mais <i>encorpadão</i>!) E talvez isso tenha incomodado fãs mais saudosistas, que queriam a mesma sonoridade pra sempre. Sei lá. Eu gosto de todos os 3 cds. Acho realmente muito bons. Tenho o <i>Room on Fire</i> e o <i>FIOE</i>. É a mesma coisa que o Metallica. Os caras têm uns 2138 cds, e tem fã que quer que todos eles tenham o mesmo som, o do primeiro (<i>Kill 'em All</i>). Eu acho legal que mude, gostei do cd sem solo, gostei do som da banda ter ficado muito (mas muito mesmo) mais grave que de início. MAS voltando aos Strokes...
<br />Como eu disse, comprei o cd. E ouvindo tudo que eu pude deles, percebi que esse cd se tornou o meu favorito. Da banda e quem sabe do mundo! (fora o exagero, por um tempo foi sim, hoje eu já não sei mais qual ocupa esse posto). E de tanta coisa que dá pra falar (daí o aviso inicial, porque tem mita coisa pra falar e também porque eu não me canso de abrir parêntesis) eu decidi dividir a análise dele em 3 (três) partes. O Som, O Conteúdo e o Projeto Gráfico.
<br />Vamos a elas:
<br />
<br /><b>O Som</b></span><span style="font-size:85%;"><o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:trebuchet ms;" class="MsoNormal" ><span style="font-size:85%;"><span style=""> </span>- OUÇA COM FONES, se possível, é muito melhor, tem muitos detalhes a mais -</span><span style="font-size:85%;">
<br />Começa a primeira música, <b><i>You Only Live Once</i></b>, e a introdução parece <i>I Want to Break Free</i>, do Queen! É! Eu não sei se só eu achei isso, mas põe aí pra tocar e tenta cantar a do Queen, vai dar certinho! Tá, mas aí o Julian começa a cantar e a música se torna Strokes mesmo. Só por ela já dá pra perceber que a coisa já tá mais pesada. Bom, aí pra quem não percebeu, o CD vai evoluindo, a segunda faixa já é <b><i>Juicebox</i></b>. Soco na boca! Não tem como. Strokes nunca teve tanto baixo e tanto peso. É bem forte mesmo, com uma pegada bem menos <i>garage-rock</i> como os primeiros cds e bem mais... hm... rockão. Riffs de guitarra fáceis e grudentos (não é ruim. isso quer dizer q vc fica cantarolando eles pro resto da sua vida), e aquele vocal de bêbado insano que só o Julian faz e todo mundo adora. Segundo o Marcon, <i>Juicebox é a música mais empolgante do mundo!</i> Aí vem <b><i>Heart in a Cage</i></b>, que eu também gosto muito, com guitarras mais altas que nunca, bateria quebrando tudo, aquele caos. Ótima música com um belo clipe. Depois, <b style=""><i style="">Razorblade</i></b>, com guitarras e bateria excelentes, e um som <i style="">divertido</i> mas ainda pesado. Depois, <b style=""><i style="">On The Other Side</i></b>. Mais calminha, pro cara não ter uma parada cardíaca. Lembra um pouco mais os primeiros cds. Em seguida, <b style=""><i style="">Vision of Division</i></b>, que retoma o peso. Depois do refrão, rola um solo com uma cara egípcia e tudo o mais. Muito diferente e legal. É legal ouvir as guitarras (principalmente no fone esquerdo) que entram e saem rapidinho. Aí vem <b style=""><i style="">Ask Me Anything</i></b>. Uma das músicas mais interessantes do cd. Nem tem bateria, Nem é pesada, nem nada. É o Julian cantando uma melodia bonita, uma distorçãozinha fazendo um riff legal no fundo, tudo calminho. É bem legal ouvir isso no meio do cd. Quebra o peso de um jeito que funciona. Depois, outro lembrete de que o cd é pesado: <b style=""><i style="">Electricityscape</i></b>. Guitarra alta, riff muito bom, bateria bem empolgada, refrão forte. Tem um quê futurista que eu não sei explicar. Em seguida, <b style=""><i style="">Killing Lies</i></b>. Um pouco mais calma e repetitiva. A música é quase a mesma coisa o tempo todo. A bateria dela é bem legal, e o vocal também, que alterna entre o perigo de overdose e uma força inesperada. Solinho gostoso no meio. “Bonitinha”, pra esse cd. Próxima: <b style=""><i style="">Fear of Sleep</i></b>. Também não é das mais empolgadas e fortes, mas dá uma empolgada no final do refr</span><span style="font-size:85%;">ão</span><span style="font-size:85%;">, o Julian grita bastante e tal. Aí tem <b style=""><i style="">15 Minutes</i></b>. Uma das músicas mais diferentes do cd. Começa baladinha, depois pega uma levada quase punk e depois empolga muito (mas muito mesmo!). É interessante nessa música a parte da letra em que o Julian canta frases com os números de 1 a 12, todas envolvendo a vida musical da banda, eu acredito. Acaba essa música e vem a melhor música do cd, quiçá do universo! <b style=""><i style="">Ize of the World</i></b>. É meio inesperada no cd. Tem uma cara diferente. No refrão, os versos parecidos (todos terminados em “ize”, explicando o título) reforçam essa cara repetitiva da música. Quando o refrão está no auge da empolgação a música "quebra" e o ritmo acalma. Tem um solo bem bonito de guitarra, e a música volta no estilo de seu começo. E é nessa hora que há o verso mais incrível do cd, quiçá do universo! <i style=""><span style="" lang="EN-US">And I am a prisoner to instincts or do my thoughts just live as free and detatched as boats to the dock?</span></i></span><span lang="EN-US" style="font-size:85%;"> </span><span style="font-size:85%;">Aqui, do nada, o Julian começa a cantar mais alto e mais alto e mais alto e acaba gritando muito alto! E a música normal, na levada dela! Incrível. E aí a música tem outro refrão, no qual no último verso a música simplesmente pára! É, ele tá cantando, a banda tá tocando, aí silêncio absoluto, do nada! Não dá tempo nem de ele acabar de falar a última palavra. Juro que eu pensei que fosse defeito no meu cd! Essa música vale a pena ser ouvida. Depois, pra dar uma acalmada no surto psicótico que vc tá tendo depois de Ize, vem <b style=""><i style="">Evening Sun</i></b>. Bem calminha, estável, segura. É quase dormir depois de um dia difícil. Cai bem para o momento, e tem uma melodia bem bonita. O Julian nem grita! Guitarrinhas cuti-cuti, sem distorção. Baladinha boa. Depois,<b style=""><i style=""> Red Light</i></b>. Novamente, mais agitada. Tem a batida de bateria mais viciante do cd, riffs que as guitarras fazem em dueto (com uma deslocada um pouco acima na escala), a voz bem encaixadinha na música. Não é exatamente pesada. Depois, fica até meio dedilhada, com uma melodia bem legal. Aí acaba. É, o cd. É triste, mas ele acaba.</span></p><p style="text-align: justify;font-family:trebuchet ms;" class="MsoNormal" ><span style="font-size:85%;">
<br /></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:trebuchet ms;" class="MsoNormal" ><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:trebuchet ms;" class="MsoNormal" ><span style="font-size:85%;"><b style="">O Conteúdo</b></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:trebuchet ms;" class="MsoNormal" ><span style="font-size:85%;">Desde o começo eu achei um título interessante. Pô, "Primeiras Impressões da Terra". Por que? Primeiras impressões de quem? De um E.T.? Sempre achei que as letras dariam algum sinal. Nunca percebi, no entanto. Uma história triste.</span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:trebuchet ms;" class="MsoNormal" ><span style="font-size:85%;">Aí hoje eu tava organizando certinho o que eu ia escrever aqui, e me veio uma idéia totalmente nova (pra mim): Uma pessoa! É, aí o disco seria feito de pensamentos aleatórios. Pontuais e sintéticos, feitos por uma pessoa que não necessariamente nasce no começo do disco e tá velha no final dele, mas um pessoa que viveu na Terra e escreveu observações das diversas fases da vida. Isso faz bastante sentido, ouvindo as músicas, lendo as letras, e (depois) vendo o encarte. Por exemplo, <i style="">You Only Live Once</i> fala justamente “só se vive uma vez”. Quanta gente já não falou isso e ainda vai falar? O cd começa com essa espécie de conselho, o que reforça a interpretação das próximas <i style="">impressões</i>. Desperta a vontade de viver e entender a vida (e o cd). <i style="">Heart in a Cage</i> pode ser o abandono do lar, a pressão de estar crescendo e virando adulto (o clipe também reforça isso). E tem o seguinte verso “<i style="">See I’m stuck in a city/ But I belong in a field”</i>, <i style="">Estou preso na cidade mas pertenço ao campo</i>. Uma coisa meio “não quero ir, não sou daqui”, todo o estranhamento. <i style="">On the Other Side</i> é meio sobre a tristeza, sobre os momentos difíceis, e até a raiva. Mas tem um pingo de esperança. No início da letra, há <i style="">Nobody’s waiting for me on the other side.</i> (Ninguém está me esperando do outro lado) E no final, <i style="">I Know you’re waiting for me on the other side</i>. (Eu sei que você está me esperando do outro lado). <i style="">Fear of Sleep</i>: O medo, que todo ser humano cedo ou tarde, de um modo ou de outro, sente. <i style="">15 Minutes</i> eu pensei que fosse sobre fama ou coisa assim, mas lendo de outra forma, pode ser simplesmente sobre a euforia e as festas da vida! Até sobre a Música. <i style="">Ize of The World </i>seria a visão do caos do mundo, por uma pessoa que está associada a uma rotina de vida. A dificuldade de parar pra pensar, ver e tentar ajudar esse mundo enorme e conturbado. <i style="">Evening Sun</i> me parece mais uma representação do final da vida. Coisas que um velho diria aos mais jovens, conselhos e constatações. <i style="">Red Light</i> parece falar sobre as relações com as pessoas e um pouco sobre a mídia (mais para o final da música). Mas o que é interessante mesmo nela é a última frase, profética: “<i style="">The sky is not the limit and you’re never gonna guess what is...”</i> (O céu não é o limite e você nunca vai adivinhar o que é...) Isso remete a tudo. Aos limites que são presentes em aspectos de todas as partes da vida : O amor, o sucesso, a tecnologia, qualquer coisa. Até mesmo a morte. Ou até mesmo (e essa é boa pros fãs) a trajetória da banda.</span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:trebuchet ms;" class="MsoNormal" ><span style="font-size:85%;">
<br /></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:trebuchet ms;" class="MsoNormal" ><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:trebuchet ms;" class="MsoNormal" ><span style="font-size:85%;"><b style="">O Projeto Gráfico</b></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:trebuchet ms;" class="MsoNormal" ><span style="font-size:85%;">É por isso que eu fico feliz por ter comprado o CD original. Além, logicamente, de o CD oferecer uma qualidade de áudio IMENSAMENTE maior que o mp3, o encarte desse cd é demais! É lindo, cada música tem duas páginas só para ela, e cada uma tem um tratamento visual diferente. Como eu quero compartilhar isso com quem eu puder, scaneei todas as páginas de músicas do encarte pra mostrar aqui! </span><span style="font-size:85%;">Além de ser um belo trabalho visual, o encarte conta com um surpresa! Cada música tem uma mensagem escondida em algum <span style="font-family:trebuchet ms;">lugar de suas duas páginas. E essas mensagems parecem anotações ou constatações (ora obviamente relacionadas à musica da página em que estão, ora de assimilação mais abstrata), o que reforça de novo o título do CD.</span></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="font-family: trebuchet ms; text-align: justify;" class="MsoNormal" face="trebuchet ms"><meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 11"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 11"><link rel="File-List" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CWINXP%7E1%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtml1%5C01%5Cclip_filelist.xml"><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} @page Section1 {size:595.3pt 841.9pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:35.4pt; mso-footer-margin:35.4pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--> </p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style=";font-family:trebuchet ms;font-size:85%;" >As imagens estão aí! Boa sorte com as mensagens! Pra quem não achar, ou estiver muito difícil de ler, as respostas estão nos comentários desse post!</span><span style="font-size:85%;"><i style=""><o:p></o:p></i></span></p><div style="text-align: justify;">
<br /></div><p style="text-align: center;font-family:trebuchet ms;" class="MsoNormal"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJa95bMx_MnA7Uw0fZd4kgdJlUqnob1nSK9eATB8Cv3tgpuny0jRupCSSC713a-TgiDt2xDs5X84OkNGr71Id3uc0r0rSpaL1-4xdg7gwtenyGHxFFxeuPlXPpCMVa5VO8sqYW2X8oM84V/s1600-h/01.jpg"><img style="cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJa95bMx_MnA7Uw0fZd4kgdJlUqnob1nSK9eATB8Cv3tgpuny0jRupCSSC713a-TgiDt2xDs5X84OkNGr71Id3uc0r0rSpaL1-4xdg7gwtenyGHxFFxeuPlXPpCMVa5VO8sqYW2X8oM84V/s200/01.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5227765068494812114" border="0" /></a><span style="font-size:85%;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiz_G7qNAx7qJERqCyb3J0xl9PKKIApB3c_ZI4tNiPc_T76Ov1sY59fBdFCWDrzy-wI6uals7jaorA28E472c1pobKIYwgyNmw4CZnISqZJ8NSge2ebZZ9FSjMiggMIKuCRf7coFJBwVPth/s1600-h/02.jpg"><img style="cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiz_G7qNAx7qJERqCyb3J0xl9PKKIApB3c_ZI4tNiPc_T76Ov1sY59fBdFCWDrzy-wI6uals7jaorA28E472c1pobKIYwgyNmw4CZnISqZJ8NSge2ebZZ9FSjMiggMIKuCRf7coFJBwVPth/s200/02.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5224570315983853330" border="0" /></a></span></p><p style="text-align: center;font-family:trebuchet ms;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicOSThE2T8CvtPXNHi71iv1Dz_ao5lmpoiZCdo8tpqPMKa2WlV4AliO7lpH1m6ZESuRZ6Xs6X0gk3F1IrpZUSv8U4Adlppw73nD0IIY_oDJUWI2LGV5wgR1p8jD8z6TZueqKgXOVeFXW1S/s1600-h/03.jpg"><img style="cursor: pointer;" 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style="font-size:85%;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaJwng-yutTfZj1Wgtg0-ePrkwzwCfpb-q16WDXtPN8y7Azkgnb-EjK7ujHKSBLiKq9Z2_pP5bosjBp9G20nxFk2r2OcV2oBYHPPXrU5kyAa7EZDtd7u6xmMqKwQGaNhFWA80klEv8KVi0/s1600-h/05.jpg"><img style="cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaJwng-yutTfZj1Wgtg0-ePrkwzwCfpb-q16WDXtPN8y7Azkgnb-EjK7ujHKSBLiKq9Z2_pP5bosjBp9G20nxFk2r2OcV2oBYHPPXrU5kyAa7EZDtd7u6xmMqKwQGaNhFWA80klEv8KVi0/s200/05.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5224588011655186786" border="0" /></a><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3oc2CAy0TSWNInoEdmtR-ZC-cXAqPeKKPujlGdGuWMvdEWdyoITzvHClERfxQxO_Tqg8qefib0qYrow_ow54L6JzEc0EyoeDV63kfhGNVclbzJUHNv1aTLTAsKJuaGUy5H8MTdamZVWY0/s1600-h/06.jpg"><img style="cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3oc2CAy0TSWNInoEdmtR-ZC-cXAqPeKKPujlGdGuWMvdEWdyoITzvHClERfxQxO_Tqg8qefib0qYrow_ow54L6JzEc0EyoeDV63kfhGNVclbzJUHNv1aTLTAsKJuaGUy5H8MTdamZVWY0/s200/06.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5224588014605068066" border="0" /></a></span></p><p style="text-align: center;font-family:trebuchet ms;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSk-oeyeArmEYXTtFVzzh3e53otT95ZmuPWX-UkhLxTqbCPpy-HMp5dGhCESDk4Ef7SosTlLbCSv7hORgQiWvVz4Hid9CcKwildLAygBU8yOxqp8Opmy4mzY23HupPvVASQn6bkCLPi1UN/s1600-h/07.jpg"><img style="cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSk-oeyeArmEYXTtFVzzh3e53otT95ZmuPWX-UkhLxTqbCPpy-HMp5dGhCESDk4Ef7SosTlLbCSv7hORgQiWvVz4Hid9CcKwildLAygBU8yOxqp8Opmy4mzY23HupPvVASQn6bkCLPi1UN/s200/07.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5224588025513852290" border="0" /></a><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg04LhnVqBQWktA3y1tQHP9L5fQbaneb5xA-K-6nFM5zPCVeqoH676JiyEmb4qu0eka0fExRtxXtpA-2Bdc8nIrOkEsXgPXHcetL1Vk0_EFA5AFiB4i6skDBB_hxyKoHO89s2t5z3_czPDU/s1600-h/08.jpg"><img style="cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg04LhnVqBQWktA3y1tQHP9L5fQbaneb5xA-K-6nFM5zPCVeqoH676JiyEmb4qu0eka0fExRtxXtpA-2Bdc8nIrOkEsXgPXHcetL1Vk0_EFA5AFiB4i6skDBB_hxyKoHO89s2t5z3_czPDU/s200/08.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5224588029284533954" border="0" /></a></span></p><p style="text-align: center;font-family:trebuchet ms;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9jmSUKz_-59ImsCZizwqF0uOmOHHSmgSTpysqCa7LzY0KF1_8jD0OdtfH14XyVSJh921D-c1R0javAXdgHwKVjz0FuPIJBTIeeeVWSeosJKGj36h4euD6lR5mdAT94GnxNjtoJWCxisUd/s1600-h/09.jpg"><img style="cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9jmSUKz_-59ImsCZizwqF0uOmOHHSmgSTpysqCa7LzY0KF1_8jD0OdtfH14XyVSJh921D-c1R0javAXdgHwKVjz0FuPIJBTIeeeVWSeosJKGj36h4euD6lR5mdAT94GnxNjtoJWCxisUd/s200/09.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5224589415546031746" border="0" /></a><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNy0NNCqSEkCwKn1m5np35tvRZhfpnlnjNIW4E32nJLU5wOXlr9CRruJ0svRoLeb0SA7aWuDfhFhb-V1FG6iGTvmJ_YPmaotVQXOu7CC2uB2nYumMpdFEh4pZbP2U_uGXFLX15-U4OyCl1/s1600-h/10.jpg"><img style="cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNy0NNCqSEkCwKn1m5np35tvRZhfpnlnjNIW4E32nJLU5wOXlr9CRruJ0svRoLeb0SA7aWuDfhFhb-V1FG6iGTvmJ_YPmaotVQXOu7CC2uB2nYumMpdFEh4pZbP2U_uGXFLX15-U4OyCl1/s200/10.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5224589419913667218" border="0" /></a></span></p><p style="text-align: center;" face="trebuchet ms" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhl7laxXZr67qoPC2Vixscu1u1_zjhBKaPxs4cmHfFGBmVDq1aQ4XggUIy0defsECmJpcr8CzhhpRY1ORqlsAzgEEH0broOXPEfvmNkjG3qEG04P1P1HO2L_-Ao2iVwLHlh2zo2Kq9sAYV3/s1600-h/11.jpg"><img style="cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhl7laxXZr67qoPC2Vixscu1u1_zjhBKaPxs4cmHfFGBmVDq1aQ4XggUIy0defsECmJpcr8CzhhpRY1ORqlsAzgEEH0broOXPEfvmNkjG3qEG04P1P1HO2L_-Ao2iVwLHlh2zo2Kq9sAYV3/s200/11.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5224589423285511058" border="0" /></a><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6cvEjEuGnF6AA7DSEH1gUZ3ftuuoo9j5K-nIvVinsdgElnWmQdW71wOPrQ3tNtiiFyBt85AoXUkEkHvnvz2nx4Er6LpcEt4C_G4uI2Fk8NEOf4CAAek5tUlRNmxQyj8gUfX73xsDz5H02/s1600-h/12.jpg"><img style="cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6cvEjEuGnF6AA7DSEH1gUZ3ftuuoo9j5K-nIvVinsdgElnWmQdW71wOPrQ3tNtiiFyBt85AoXUkEkHvnvz2nx4Er6LpcEt4C_G4uI2Fk8NEOf4CAAek5tUlRNmxQyj8gUfX73xsDz5H02/s200/12.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5224589428320560722" border="0" /></a></span></p><p style="font-family: trebuchet ms; text-align: center;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjn9w47p6QKHXuM38yf0SQsGaGqm6D46clVdX6AKta07FPCxyKVSHS-L5la41qyX2tlqN3FtnMsQm9jVMzeZNOYVayH07KVLLK36qp2shaGqWTVAvmpam-7pt_N2nz_hfyslcMOP20hqcE8/s1600-h/13.jpg"><img style="cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjn9w47p6QKHXuM38yf0SQsGaGqm6D46clVdX6AKta07FPCxyKVSHS-L5la41qyX2tlqN3FtnMsQm9jVMzeZNOYVayH07KVLLK36qp2shaGqWTVAvmpam-7pt_N2nz_hfyslcMOP20hqcE8/s200/13.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5224589433969109410" border="0" /></a><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggmbITBrnmG4JuIeufp5Ozekf6f_zKFnwCaJ8R2AwjXpYTiKe4vKawmxxYN2RatXH47KYyUwujC_KD_GffwtAUz-Oeat9-zysp7x04Ig034ha0vr6pb0mJ-zGGNYT6ZghaXegevOXCyagT/s1600-h/14.jpg"><img style="cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggmbITBrnmG4JuIeufp5Ozekf6f_zKFnwCaJ8R2AwjXpYTiKe4vKawmxxYN2RatXH47KYyUwujC_KD_GffwtAUz-Oeat9-zysp7x04Ig034ha0vr6pb0mJ-zGGNYT6ZghaXegevOXCyagT/s200/14.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5224589809820040674" border="0" /></a></span></p><p style="text-align: justify;font-family:trebuchet ms;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYncMaIgmjGTtSOxrxENL5-HBp_Bs_cXuD3PII9EMX24-s0nOrt86ihs380NcBX2Qqu8H1EEtprTZFBC3tQb4vzcs-gmxO63fFXamFuc-3dxZ0BeV30EtNR8GLJuxfb8HwAdaR0RKnEFEZ/s1600-h/14.jpg">
<br /></a></span></p><p style="text-align: justify;font-family:trebuchet ms;" class="MsoNormal" ><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:trebuchet ms;" class="MsoNormal" ><span style="font-size:85%;">É isso. Acabou! Assim como o cd uma hora tinha que acabar, esse tópico já tava passando dos limites! Espero que tenham lido e gostado, e que isso tenha despertado o interesse, pois é um dos melhores cds que já ouvi, e apesar de qualquer coisa, vale a pena ouvir (e ver) pelo menos uma vez!</span></p><p style="text-align: justify;font-family:trebuchet ms;" class="MsoNormal" ><span style="font-size:85%;">
<br /></span></p><p style="text-align: justify;font-family:trebuchet ms;" class="MsoNormal" ><span style="font-size:85%;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinNEyz5gQhySlMKe7KzEiz410ATqBE7EZfy1vn0LdZs4DNLz_c6mqMS45Xh7I5sesTyuEXY5tevGTR0ddo_-QqqdxB3rK44JbgroAbbloXd2ivjXURghFWfB5LCll7d2OF5NzuQlMp42vx/s1600-h/banda.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinNEyz5gQhySlMKe7KzEiz410ATqBE7EZfy1vn0LdZs4DNLz_c6mqMS45Xh7I5sesTyuEXY5tevGTR0ddo_-QqqdxB3rK44JbgroAbbloXd2ivjXURghFWfB5LCll7d2OF5NzuQlMp42vx/s320/banda.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5224576280722064674" border="0" /></a></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:trebuchet ms;" class="MsoNormal" ><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><i style=""><span style="font-family:trebuchet ms;">Foi mal, ficou bem longo mesmo.</span><o:p></o:p></i></span></p> João Rodrigo Zanettihttp://www.blogger.com/profile/07700987336370091066noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-7678315969125228384.post-31833872470559991202008-07-14T15:51:00.005-03:002008-10-01T03:28:06.276-03:00Kid 17<div style="text-align: justify;">Diz a lenda que se ao terceiro rugido do leão da Metro-Goldwyn-Mayer, na abertura d'O Mágico de Oz, for dado play no <span style="font-style: italic;">The Dark Side Of The Moon</span>, do Pink Floyd, o disco soará como uma trilha musical para o filme, tanto pelas melodias quanto pelo conteúdo das letras. Esse é o mais clássico exemplo do ponto a que pode chegar a criatividade de fãs pelas bandas que admiram. Mas nesse post é outra lenda que nos interessa.<br />A lenda sobre a qual estou falando envolve outra banda, também inglesa como o Pink Floyd, o Radiohead.<br /><span style="font-style: italic;">Kid A</span>, disco lançado em 2001, é conhecido pelas sonoridades pouco convencionais que tem. Nele a banda abusa de vozes distorcidas, sintetizadores, baterias eletrônicas e quase não sobre espaço para guitarra, bateria e demais instrumentos comuns que eram usados nos discos anteriores.<br />Aí alguém algum dia teve a idéia de botar o Kid A pra tocar, esperar 17 segundos e botar outro Kid A pra tocar. Aí surgiu o <span style="font-weight: bold;"><span style="font-style: italic;">Kid 17</span></span><span style="font-style: italic;"><span style="font-weight: bold;">.</span></span><br /><br /><div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_TacHzR4fgvE/SHuoVsl0xKI/AAAAAAAAAAk/VvUgkfClFgc/s1600-h/KID+17.JPG"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="http://4.bp.blogspot.com/_TacHzR4fgvE/SHuoVsl0xKI/AAAAAAAAAAk/VvUgkfClFgc/s320/KID+17.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5222953283566748834" border="0" /></a>Como não pretendo analisar melodias, letras, nem nada sobre o album original, apenas falar sobre a experiência de tocá-lo com ele próprio tocando junto, vou comentar faixa a faixa.<br /></div><br /><span style="font-weight: bold;">01 - Everything in it's Right Place</span><br /><div style="text-align: justify;">Essa música originalmente já tem várias vozes de Thom Yorke sobrepostas, no Kid 17 isso se intensifica. O duplicação do piano também ajuda a aumentar o clima denso da música, em alguns momentos em que gera intervalos mais dissonantes e com ritmo quebrado.<br /></div><br /><span style="font-weight: bold;">02 - Kid A</span><br /><div style="text-align: justify;">Nessa a coisa fica mais interessante, o piano que faz a melodia principal da música fica sincronizado com a sua cópia, a bateria também, a música flui muito bem e as vozes robotizadas só se cruzam em uma ou duas frases, na maioria do tempo um canta entre as frases do outro.<br /></div><br /><span style="font-weight: bold;">03 - The National Anthem</span><br /><div style="text-align: justify;">O instrumento mais marcante em The National Anthem é, sem dúvida, o baixo. E é justamente o baixo o único instrumento que fica sincronizado quando a música é tocada no Kid 17. A linha principal se preserva e continua se destacando na música. A voz, assim como na faixa anterior, encaixa os versos de um cd entre os versos do outro. Os solos de sopro, que já tem um tom caótico normalmente, ficam ainda mais confusos. E a bateria vira uma loucura.<br /></div><br /><span style="font-weight: bold;">04 - How To Disappear Completely</span><br /><div style="text-align: justify;">A letra<span style="font-weight: bold;"> </span>de How To Disappear Completely é como um mantra, as frases se repetem várias e várias vezes. No Kid 17 a duplicação dá uma impressão de conversa, como se um disco respondesse a cada frase do outro. Apesar da letra não combinar com uma conversa, continua sendo um efeito bem interessante.<br /></div>A bateria não fica sincronizada, mas ao contrário de National Anthem, soa bem, e a melodia também não causa tanto estranhamento.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">05 - Treefingers</span><br />Treefingers é instrumental, sem percussão, cheia de notas longas e que se misturam. Duplicada, continua soando assim, nem parece que tá sendo tocada desse jeito. Alguém desavisado acreditaria se você dissesse que a música é asism mesmo.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">06 - Optimistic</span><br />Essa é a única que não funciona<span style="font-weight: bold;">. </span>As guitarras misturadas até resultam em coisas legais de vez em quando, mas as vozes se atropelam, o ritmo das baterias fica muito estranho. Nas partes mais pesadas esse embolo até gera alguma coisa bacana, mas essa é mesmo a menos interessante.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">07 - In Limbo</span><br /><div style="text-align: justify;">Aqui vale o mesmo que para <span style="font-style: italic;">Everything in it's right place</span>, a música normalmente já tem várias vozes sobrepostas e isso se intensifica. A guitarra dedilhada as vezes se encontra com a sua duplicação e fica legal também. A bateria, que é cheia de viradas, fica meio confusa.<br /></div><br /><span style="font-weight: bold;">08 - Idioteque</span><br /></div><div style="text-align: justify;">Idioteque é a melhor música do Kid A, e também a melhor do Kid 17. As batidas eletrônicas que conduzem a música se sincronizam e em alguns momentos criam ritmos diferentes. As vozes também batem e cantam alguns versos juntas, em outros momentos, cantam versos diferentes ao meso tempo. Isso já existe na música original, então em alguns momentos thom canta quatro ou cinco coisas ao mesmo tempo. Perto do final, numa passagem instrumental da música, as batidas se combinam num ritmo mais quebrado que o da música original. Por essa música já vale a pena ouvir esse tal de Kid 17 (assim como por ela já vale a pela ouvir o Kid A)<span style="font-weight: bold;">.</span><br /></div><br /><span style="font-weight: bold;">09 - Morning Bell</span><br /><div style="text-align: justify;">Quando você ouve Idioteque no Kid17, você pensa que foi a partir dela que o inventor disso teve a idéia de fazer com o disco todo. Mas quando você ouve Morning Bell você já muda de idéia.<br /></div><div style="text-align: justify;">As baterias batem literalmente ao mesmo tempo, ou seja, soam como uma só, com mais volume. As vozes se complementam, assim como os outros instrumentos. Soa como se fosse uma música só.<br /></div><div style="text-align: justify;"><br /><span style="font-weight: bold;">10 - Motion Picture Soundtrack</span><br />A última música infelizmente não fica tão legal quanto as duas anteriores, então você acaba lembrando, antes dos discos acabarem, que é só uma dessas invenções de fã mesmo. Mas ainda tem coisas legais sim, as bases melódicas e os arpejos no piano ficam num clima ainda mais etéreo do que no original. A voz é que fica num ritmo esquisito.<br /><br /><br />No fim das contas, se você é fã do radiohead ou gosta dessas lendas malucas, eu acho que vale a pena sim ouvir o Kid 17 e ver o que você acha. Se precisar de uma justificativa, lembre-se que o album fala sobre o primeiro clone humano (o Kid A), e que é cheio de esquisitices mesmo, como o encarte "secreto", que vem debaixo da parte em que se encaixa o cd.<br />Já se você não gosta dessas lendas ou não é tão fã do Radiohead assim, vale a pena ouvir pelo menos Idioteque.<br />Claro que hoje em dia você não precisaria ter dois sons e duas cópias do cd para matar sua curiosidade sobre a lenda, alguém já sincronizou os arquivos e espalhou pela internet. Você pode baixar <a href="http://penduradoparasecar.blogspot.com/2007/12/radiohead-kid-17.html"><span style="font-style: italic;">aqui</span></a>, no ótimo blog <span style="font-style: italic;">Pendurado para Secar</span>.<br />E, antes que alguém venha questionar minha sanidade, eu quero deixar claro que não acredito que a banda tenha feito o disco pensando nisso.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_TacHzR4fgvE/SHu7aiW6nWI/AAAAAAAAAAs/a0jQWQ1xDlE/s1600-h/The+View.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="http://2.bp.blogspot.com/_TacHzR4fgvE/SHu7aiW6nWI/AAAAAAAAAAs/a0jQWQ1xDlE/s320/The+View.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5222974257440136546" border="0" /></a><br /></div>Rafael Marconhttp://www.blogger.com/profile/04142419206086480353noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7678315969125228384.post-49723597978029573742008-07-13T18:23:00.005-03:002008-10-01T03:28:31.536-03:0013 de Julho - Dia do Rock<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoxvF8m-hUnhAF4Y3O9X3JrH4AITZxwOg887QsbYHYenHMGfBheIRVyP4QuBW_EGJ41nk8nJXWpuDjsQmXB-qci3KRGIWhqeAzZhadVcywloGIOZI50e1_AUg5110lEj16eJKNmYLLkg5N/s1600-h/gtr_silhou.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoxvF8m-hUnhAF4Y3O9X3JrH4AITZxwOg887QsbYHYenHMGfBheIRVyP4QuBW_EGJ41nk8nJXWpuDjsQmXB-qci3KRGIWhqeAzZhadVcywloGIOZI50e1_AUg5110lEj16eJKNmYLLkg5N/s320/gtr_silhou.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5222613614103979042" border="0" /></a><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:trebuchet ms;">Poisé!</span></span><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:trebuchet ms;">Hoje, domingo, 13 de Julho. Dia internacional do Rock.</span></span><br /><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:trebuchet ms;">Eu tinha que escrever alguma coisa aqui, afinal se não fosse o rock, esse </span><span style="font-style: italic;font-family:trebuchet ms;" >aqui </span></span><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:trebuchet ms;">talvez nem existiria.</span></span><br /><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:trebuchet ms;">Como não tinha nenhuma análise de CD ou artista ou qualquer coisa na manga, tive que improvisar! (é um </span><span style="font-style: italic;font-family:trebuchet ms;" >jam-post</span><span style="font-family:trebuchet ms;">, pros piadistas de plantão)</span></span><br /><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:trebuchet ms;">Bom, começando pela imagem aí. </span></span><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:trebuchet ms;">Fui no google, google imagens, deviantArt, e digitei "rock n roll" pra ver se vinha alguma coisa bonitinha pra eu ilustrar esse post. Até que vieram umas coisas interessantes, mas elas era muito específicas e tal. E eu queria uma coisa mais simbólica, mais sintética. Aí isso foi uma coisa que eu sempre pensei: </span><span style="font-style: italic;font-family:trebuchet ms;" >Se tem um instrumento que deve ser o símbolo do rock, qual é?</span><span style="font-family:trebuchet ms;"> Aí eu sempre ficava entre a guitarra e a bateria. (pelo amor de deus, baixistas do mundo, não achem que eu estou desmerecendo o baixo, instrumento pelo qual eu tenho um verdadeiro vício. É que - devemos observar - a guitarra é mais expressiva, falando em rock. [Já no Jazz, eu sempre fico entre a bateria e o baixo!]) Aí, voltando ao assunto, como eu sempre toquei mais guitarra que bateria, puxei pro lado pessoal mesmo e aproveitei que já tinha essa silhueta aí - de uma Fender Stratocaster (modelo que foi consagrada, entre tantos outros, por Jimi Hendrix e Eric Clapton. Essa aí é uma do John Mayer) - que eu fiz um dia.</span></span><br /><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:trebuchet ms;">Eu não vou ser tonto de me meter a tentar definir o rock ou coisa do tipo. Isso é muito muito muito arriscado, e sempre que alguém faz, dá merda. Porque tudo é rock! Led Zeppelin é rock, Beatles é rock, Strokes é rock, Radiohead é rock, Rock brasileiro dos anos 80 é rock, Pato Fu é rock, Jorge Ben é rock, Gabriel o Pensador é rock, pop-rock é rock, tem funk que é rock, tem samba-rock, e aí vem o emo falando que faz rock... e é rock sim! Tudo é rock!</span></span><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:trebuchet ms;">Sei lá. O Rock também só é o que é (um nome universal) por causa disso. todo mundo faz o rock, e o rock permite que ritmos regionais sejam incorporados. Acho que tudo pode receber um "</span><span style="font-style: italic;font-family:trebuchet ms;" >-rock</span><span style="font-family:trebuchet ms;">" no final. É só ver o caso dos Virgulóides (é, é, é, eu acho que o bagulho é de quem tá de pé, eles mesmos), que misturam pagode e rock, e dá certo!</span></span><br /><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:trebuchet ms;">Dentre tudo isso, vou analisar minha trajetória pelo rock, e não é pra me exibir não, é porque eu acho que cabe bem pro meu caso falar que o cara que gosta de rock gosta e sempre vai gostar, não importa como!</span></span><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:trebuchet ms;">Começou quando eu era criança ainda, em tempos que eu afirmava ferrenhamente não sei porque) </span><span style="font-style: italic;font-family:trebuchet ms;" >Eu nunca vou gostar de rock</span><span style="font-family:trebuchet ms;">. Tolinho. Falava isso mas já ouvia Jorge Ben. Até que um dia a minha mãe comprou - pra ela - o CD que mudou a minha vida: </span><span style="font-style: italic;font-family:trebuchet ms;" >Titãs</span><span style="font-family:trebuchet ms;"> -</span><span style="font-style: italic;font-family:trebuchet ms;" > Acústico</span><span style="font-family:trebuchet ms;">. Não teve como. Comecei a ouvir e gostei na hora! Lembro que eu adorava </span><span style="font-style: italic;font-family:trebuchet ms;" >Marvin</span><span style="font-family:trebuchet ms;"> e </span><span style="font-style: italic;font-family:trebuchet ms;" >Comida</span><span style="font-family:trebuchet ms;">, pra não falar tantas outras desse CD que considero um dos melhores até hoje. Aí comecei a me aprofundar em titãs. Naquele tempo também afirmei, iludido, </span><span style="font-style: italic;font-family:trebuchet ms;" >Ainda vou ter todos os CDs dos Titãs!</span><span style="font-family:trebuchet ms;"> Nunca consegui, infelizmente. Aí, outra coisa inevitável. Pelos Titãs fui conhecendo as outras bandas de rock brasileiro dos anos 80. Principalmente Paralamas, Ultrage, duas que também são paixões até hoje, Legião - que na época viciei muito também - e Barão. Bom, aí fui ouvindo. Mais tarde, comecei a gostar também do Raul Seixas (que também não tem como, né, é ouvir e gostar). Aí, não sei como, descambei pro rock internacional. E nessa fase, escolhi o punk-rock "moderno", pra aquela época. O que tocava daquilo era Offspring e Green Day. O Offspring foi um grande vício também, tenho vários CDs deles, gosto muito de todos! Aí meio junto com isso, virei metaleirinho. Criei uma paixão incondicional pelo Metallica (que gosto bastante até hoje)</span><span style="font-family:trebuchet ms;"> e curtia ouvir umas coisas mais pesadas. Nunca gostei de Iron Maiden, devo dizer. Aí disso fui caminhando, devagar, pra outras coisas. Durante tudo isso, fui gostando de umas coisas que não se enquadravam tanto em épocas. Teve uma mini-época Classic-Rock, com principalmente Led Zeppelin (amor de vida toda) e Deep Purple, e também teve o blues no meio das coisas, sempre. Eu sei, o post é sobre o rock. Mas o que seria dos primeiros rocks sem o blues, não é? Nisso, eu estava saindo do colegial, indo pro cursinho e depois pra faculdade. Foi a época da mudança de mentalidade. No cursinho fui apresentado a Los Hermanos e comecei a gostar do Rock "alternativo" atual. Isso aí só aumentou - e muito! - na faculdade. Aí, os ícones pra mim eram Strokes, fora do Brasil, e Los Hermanos, aqui dentro. Nessa época voltei a ouvir mais o Pato Fu, que é a banda da minha vida (ganhei um cd quando era pequeno ainda, o </span><span style="font-style: italic;font-family:trebuchet ms;" >Tem Mas Acabou</span><span style="font-family:trebuchet ms;">, viciei na hora e nunca mais parei)! Não sei, abri um pouco a cabeça pro rock nessa época (há uns três anos). Ouvia, além desses que acabei de falar, White Stripes (Jack White é rei!), Franz Ferdinand, etc. (Não dá pra falar ao certo desses ultimos acontecimentos usando os verbos no passado, porque estou no meio da faculdade e tem coisa que ainda estou começando e deixando de gostar) Bom, foi na faculdade também que - não sei como foi possível ter demorado tanto - comecei a gostar dos Beatles. E eles realmente foram demais. Demais mesmo. Não vou me exceder porque dá pra falar mols de linhas sobre eles. Aí também descobri o Teatro Mágico, a Nação Zumbi, o Tom Zé, os Mutantes, o Radiohead, o John Mayer, e umas coisas que são até atuais demais pra saber se são acontecimentos marcantes ou passageiros na minha vida musical (sobre esses últimos, quem sabe eu possa falar melhor, que nem eu fiz com as primeiras bandas, mais pra frente, quando esse blog tiver uns 5 anos e reconhecimento mundial. Aí vai estar na hora de eu olhar pra trás e falar isso, isso e aquilo).</span></span><br /><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:trebuchet ms;">E ainda estou descobrindo as coisas. E não quero parar.</span></span><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:trebuchet ms;">É isso aí, feliz dia do Rock pra você!</span></span></div>João Rodrigo Zanettihttp://www.blogger.com/profile/07700987336370091066noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7678315969125228384.post-67535658945575912582008-07-10T21:33:00.006-03:002008-10-01T03:28:41.936-03:00Hoje É O Primeiro Dia Do Resto Da Sua Vida<div style="text-align: justify;">Os Mutantes lançaram <span style="font-style: italic;">Mutantes e Seus Cometas No País do Baurets</span>, seu quinto disco,<span style="font-style: italic;"> </span>em março de 1972. Mas não é dele que este post se trata.<br /><br />O caso é que ainda no ano de 72, foi aberto em São Paulo o primeiro estúdio de 16 canais do país. E Os Mutantes, sempre interessados em tecnologias musicais e tudo mais que pudessem experimentar em sua música, logo quiseram gravar lá.<br />A gravadora não estava muito disposta a bancar outro album do grupo para aquele ano,<br />mas havia interesse numa carreira solo de Rita Lee, então a gravação foi liberada desde que fosse creditada a Rita, e não à banda. Assim, ainda no mesmo ano, Os Mutantes lançam, com o nome de Rita Lee, <span style="font-weight: bold;"><span style="font-style: italic;">Hoje É O Primeiro Dia Do Resto Da Sua Vida</span></span><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_TacHzR4fgvE/SHauLemp8WI/AAAAAAAAAAU/mHOzEkGQUJY/s1600-h/lee_rita%7E%7E%7E_hojeeopri_101b.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="http://3.bp.blogspot.com/_TacHzR4fgvE/SHauLemp8WI/AAAAAAAAAAU/mHOzEkGQUJY/s320/lee_rita%7E%7E%7E_hojeeopri_101b.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5221552330199658850" border="0" /></a>Como o disco saiu no nome de Rita, é ela que canta todas as músicas (não sozinha); no album anterior dos mutantes, o baurets, das 10 faixas do disco apenas duas eram cantadas por Rita (Vida de Cachorro e Rua Augusta).<br />Na época, além de insatisfeita por cantar poucos no album dos mutantes, Rita também não estava muito feliz com os rumos progressivos que a banda andava tomando (no ano seguinte Rita deixaria o grupo, de maneira conturbada e até hoje mal explicada). Mas nessa gravação os mutantes se parecem um pouco mais com os dos primeiros discos.<br /><br />As músicas do álbum são:<br />1 - Vamos Tratar da Saúde<br />2 - Beija-me, Amor<br />3 - Hoje é o Primeiro Dia do Resto da Sua Vida<br />4 - Teimosia<br />5 - Frique Comigo<br />6 - Amor em Branco e Preto<br />7 - Tiroleite<br />8 - Tapupukitipa<br />9 - De Novo Aqui Meu Bom José<br />10 - Superfície do Planeta<br /><br />Há humor na maioria das faixas, e também amor, num tom não muito lírico e meio descompromissado - A faixa-título diz "hoje é o primeiro dia do resto da sua vida e da minha também, então sente no meu colo".<br />Mas a característica mais interessante do disco é mesmo a experimentação dos mutantes no estúdio. Durante o disco há conversas deles no estúdio, pensando o que fazer ali (como a sugestão de gravar 4 vozes em cada um dos 16 canais, totalizando 64 vozes simultâneas), e muita coisa se percebe nas músicas mesmo.<br />Em quase todas as faixas há distorção na voz, ecos longos e várias vozes sobrepostas.<br />Em <span style="font-style: italic;">Beija-me Amor</span>, Sérgio Dias, em talkbox (talkbox é um efeito de guitarra onde a voz do prórpio guitarrista dá a intensidade da distorção e do efeito. de acordo com os sons feitos pela boca do músico, as notas que estão sendo tocadas ficam diferentes) canta versos que haviam sido retirados pela ditadura ("... para que eu sinta a saliva e o gosto do cuspe escorrendo entre os dentes meus" - enquanto rita canta "para que eu sinta seu gosto mesclado com o gosto de amor mastigado entre os dentes meus"); <span style="font-style: italic;">Hoje É O Primeiro Dia Do Resto Da Sua Vida</span> começa com sons de caixinha de música; <span style="font-style: italic;">Teimosia </span>tem percussão que parece uma bateria de escola de samba; <span style="font-style: italic;">Amor Em Branco e Preto</span> (uma declaração de amor ao Corinthians) tem trechos de narração de futebol enquanto a música toca, <span style="font-style: italic;">De Novo Aqui Meu Bom José</span> tem mesmo 64 vozes, e por aí vai.<br />Fora isso, as vozes ficam indo da direita pra esquerda muitas vezes (como quando Rita diz "ver você do lado de lá" e "agora sou do lado de cá", por exemplo) e alguns instrumentos também. Outra característica marcante é baixo Rickenbacker de Liminha, sempre muito alto em todas as músicas.<br /><br />As letras do album são, na maioria, tiração de sarro. <span style="font-style: italic;">Tapupukitipa</span> têm os mutantes imitando índios, <span style="font-style: italic;">Tiroleite</span> é um retrato de quem foge da cidade pra curtir a natureza, <span style="font-style: italic;">Frique Comigo</span> aconselha: "Cê tem que ser maluco" e <span style="font-style: italic;">De Novo Aqui Meu Bom José</span> ironiza a lírica <span style="font-style: italic;">José</span>, que Rita havia gravado em seu primeiro disco solo, Build Up.<br /><br />Porém, no final do disco a coisa fica séria. <span style="font-style: italic;">Superfície do Planeta</span>, a última canção, única do disco assinada só por Arnaldo Baptista (todas outras são parcerias variadas entre Arnaldo, Rita, Sérgio e Liminha), é daquelas que valem um disco sozinhas. Arnaldo fala sobre o dia em que os discos voadores chegarão e trarão a verdade, "a voz de Deus / que ensinará a música / que nos dará a terra", e diz "vocês irão ver, vocês irão crer". Profético.<br />Daquelas conversas de estúdio que apareceram disco, surge uma frase no meio da música: "Presta atenção na letra"<br />Além da letra, vale comentar os vocais, Rita sussurra os versos, Arnaldo grita os refrões. E também o instrumental, sempre destaque nos mutantes. O Baixo continua muito presente, a bateria faz viradas que colaboram com tom épico. Teclados simulam os sons dos próprios discos voadores, e Sérgio faz uma das linhas de guitarra mais legais da carreira dos mutantes.<br /><br />Antes de acabar o disco, depois da última canção, há ainda a última inserção de falas de bastidores, uma pergunta simples de Cláudio César Dias Baptista, irmão mais velho de Arnaldo e Sérgio, que entre outras coisas, construiu a guitarra de ouro e operava as mesas de som nos shows da banda. É com essa pergunta que acaba o disco, e também esse post.<br /><br />"Cê entendeu?"<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_TacHzR4fgvE/SHa_BIbGysI/AAAAAAAAAAc/zXcG8UHUfq0/s1600-h/desl.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="http://3.bp.blogspot.com/_TacHzR4fgvE/SHa_BIbGysI/AAAAAAAAAAc/zXcG8UHUfq0/s320/desl.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5221570844144618178" border="0" /></a></div>Rafael Marconhttp://www.blogger.com/profile/04142419206086480353noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7678315969125228384.post-10517031899946324092008-07-09T16:41:00.009-03:002008-10-01T03:29:01.729-03:00Móveis Coloniais de Acaju - "Idem"<div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAP0Ji77aZ9BwhO97mcdUIKaEK9iesnqcZG3kp6pttcq-lpEzTdLDDiKvyqcaIyBr18DdRa_lhA1jlp_v51Dwm7Q-y9MIeED5G_aAdowdMTL1mGnV6awrpk5PB7AV0gxadVLroykcmFHuH/s1600-h/capa_moveis.jpg"><img style="cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAP0Ji77aZ9BwhO97mcdUIKaEK9iesnqcZG3kp6pttcq-lpEzTdLDDiKvyqcaIyBr18DdRa_lhA1jlp_v51Dwm7Q-y9MIeED5G_aAdowdMTL1mGnV6awrpk5PB7AV0gxadVLroykcmFHuH/s320/capa_moveis.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5221114598339818866" border="0" /></a><br /></div><br /><span style="font-size:100%;"><br /></span><br /><div style="text-align: justify;"><span style=";font-family:trebuchet ms;font-size:100%;" > É, o CD de início da banda poderia se chamar "Móveis Coloniais de Acaju", mas na saída criativa foi a mesma coisa, só que mais original.</span><br /><span style=";font-family:trebuchet ms;font-size:100%;" >E eu NÃO consigo parar de ouvir esse CD! Letras originais e bem-humoradas, com muitas e muitas pérolas ("<span style="font-style: italic;">Quem era foda, se food.</span>" de <span style="font-style: italic;">E Agora, Gregório?</span>, música que estou ouvindo nesse exato momento), e construções inteligentes, como é o caso da parte final de <span style="font-style: italic;">Perca Peso</span>, primeira faixa, onde afirmações feitas antes são distorcidas e ganham novos sentidos (é chato explicar piada, mas às vezes é preciso!).</span><br /><span style=";font-family:trebuchet ms;font-size:100%;" >Fora as letras, as instrumentações! A formação oficial é:</span><br /></div><ul style="text-align: justify;font-family:trebuchet ms;" ><li><span style="font-size:100%;">And</span><span style="font-size:100%;">ré Gonzáles (voz)</span></li><li><span style="font-size:100%;">BC (guitarra)</span></li><li><span style="font-size:100%;">Beto Mejía (flauta transversal)</span></li><li><span style="font-size:100%;">Eduardo Borém (gaita cromática, teclados e escaleta)</span></li><li><span style="font-size:100%;">Esdras Nogueira (sax barítono)</span></li><li><span style="font-size:100%;">Fabio Pedroza (baixo)</span></li><li><span style="font-size:100%;">Leonardo Bursztyn (guitarra)</span></li><li><span style="font-size:100%;">Paulo Rogério (sax tenor)</span></li><li><span style="font-size:100%;">Renato Rojas (bateria)</span></li><li><span style="font-size:100%;">Xande Bursztyn (trombone)</span></li></ul><div style="text-align: justify;"><span style=";font-family:trebuchet ms;font-size:100%;" > Como pode se perceber, pela grande quantidade de sopro nesse povo todo, há todo um tom jazz em várias músicas, como <span style="font-style: italic;">Sado-Masô</span>, mas a banda nunca abandona o agito da música brasileira, o que garante a diversão e a graça da coisa toda. A guitarra tem voz alta na banda, com linhas muito boas, o baixo se sobressai várias vezes, a bateria é rápida e lembra marchinhas, muitas vezes. O som é divertido, é fato.</span><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:trebuchet ms;">E </span><span style="font-family:trebuchet ms;">se o som já é divertido, só quem foi a um SHOW dos móveis sabe o que é diversão. A eminência da morte em cada trombada que os integrantes, que não param de pular um segundo que seja, dão o tempo todo! Ainda mais quando os envolvidos têm saxs e trompetes em mãos! É até bonito de ver, aqueles instrumentos de metal passando perto das cabeças e tal... Aquela música agitada e divertida, que levanta o público, mais a banda em que todos (fora o baterista, coitado, que obviamente tem que ficar sentado - eu acho que se ele pudesse tocar bateria em pé e andando, com certeza entraria pro bolo) ficam fazendo "rodas punk" ao som do seu ska, garantem um belo show! É tipo Teatro Mágico, só que menos </span><span style="font-style: italic;font-family:trebuchet ms;" >espetaculão</span><span style="font-family:trebuchet ms;"> e mais zoeira e comédia, principalmente na imperdível imitação de serpente subindo de André Gonzáles, o cantor mais animado que o mundo já viu.</span></span><br /><br /><span style="font-size:100%;"> <span style="font-family:trebuchet ms;"> O CD tem as seguintes faixas:</span> </span></div><ol style="text-align: justify;font-family:trebuchet ms;" ><li><span style="font-size:100%;">Perca Peso (a terceira metade do meu estresse)<br /></span></li><li><span style="font-size:100%;">Seria o Rolex? (ego e latrina)<br /></span></li><li><span style="font-size:100%;">Aluga-se-vende (sujeito a mudanças)<br /></span></li><li><span style="font-size:100%;">Copacabana (devaneios de um cubano cubista)<br /></span></li><li><span style="font-size:100%;">Menina-moça (a receita que Ofélia não ensinou)<br /></span></li><li><span style="font-size:100%;">Cego (registros de uma inspiração alheia)<br /></span></li><li><span style="font-size:100%;">Esquilo não samba (o triste e recorrente medo de:)</span></li><li><span style="font-size:100%;">E agora, Gregório? (metamorfossa)<br /></span></li><li><span style="font-size:100%;">Swing hum e meio (o homem, a verdade e a castanha)<br /></span></li><li><span style="font-size:100%;">Do mesmo ar (pra não fizer que não somos melosos)<br /></span></li><li><span style="font-size:100%;">Sadô-masô (a vida é tão fácil para quem não a vive)<br /></span></li><li><span style="font-size:100%;">Receio do Remorso (remorso do receio)</span></li></ol><div style="text-align: justify;"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:trebuchet ms;"> Além dos excelentes subtítulos das músicas (compreendidos bem melhor ao ouvir as músicas), o CD é consistente, na minha pequena opinião. Se mantém. Dá pra ouvir fácil numa sentada!</span> <span style="font-family:trebuchet ms;"> Recomendações? Bom, no momento, o CD todo! Mas pros preguiçosos, </span><span style="font-style: italic;font-family:trebuchet ms;" >Perca Peso</span><span style="font-family:trebuchet ms;">!</span><span style="font-style: italic;font-family:trebuchet ms;" > </span><span style="font-family:trebuchet ms;">Fora o trocadilho insano que eu acabei de fazer, essa música já chega chutando tudo. Muito animada e com uma letra genial, vale a pena. Além dela, </span><span style="font-style: italic;font-family:trebuchet ms;" >Aluga-se-Vende</span><span style="font-family:trebuchet ms;"> é (um pouco) mais lentinha e melodiosa, muito bonita (o sopro dessa, em particular, me lembra mais Los Hermanos que o resto do CD) e </span><span style="font-style: italic;font-family:trebuchet ms;" >Copacabana</span><span style="font-family:trebuchet ms;">, com uma letra surreal e exagerada, muito boa.</span><span style="font-family:trebuchet ms;"> </span><span style="font-style: italic;font-family:trebuchet ms;" >Esquilo não Samba</span><span style="font-family:trebuchet ms;"> também é muito boa, a letra "carta do futuro" e o tom triste-divertido da música se destacam. Mas mire-se no exemplo deles e não seja preguiçoso. Ouça inteiro!</span></span><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipq3xREiAkCtuHsaji1LiNWr0kix0EFla0PMv2Le_uHdkegOC9LP7V-w0pLELMa0_AZRkSjLxfRpJtvFVuDFO3P7AQqrpH8nv5hslTpQcqxtpiBw4hyphenhyphenYYDmdOeZvwngZ1Dm4_6juQMN0XS/s1600-h/14.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipq3xREiAkCtuHsaji1LiNWr0kix0EFla0PMv2Le_uHdkegOC9LP7V-w0pLELMa0_AZRkSjLxfRpJtvFVuDFO3P7AQqrpH8nv5hslTpQcqxtpiBw4hyphenhyphenYYDmdOeZvwngZ1Dm4_6juQMN0XS/s320/14.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5221114799306995698" border="0" /></a></div>João Rodrigo Zanettihttp://www.blogger.com/profile/07700987336370091066noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7678315969125228384.post-47885356835263630392008-07-08T23:57:00.003-03:002008-07-09T00:01:36.181-03:00Som!<div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwwOP0QmFNythyphenhyphenzCLLw-aFZcW-NKsn4qSnvJo04eITLUjRtC94yzcsGROyNUP5RoTxmAQqdJuSYsOAzGxaHCFh1BqFGAD_tEXF4JzxOZRGU0ZKe5zbQT278pS8svTFe62lh1Jguet8_qpg/s1600-h/pseudogodard_thom.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwwOP0QmFNythyphenhyphenzCLLw-aFZcW-NKsn4qSnvJo04eITLUjRtC94yzcsGROyNUP5RoTxmAQqdJuSYsOAzGxaHCFh1BqFGAD_tEXF4JzxOZRGU0ZKe5zbQT278pS8svTFe62lh1Jguet8_qpg/s320/pseudogodard_thom.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5220844024609512178" border="0" /></a>teste, um, dois!</div>João Rodrigo Zanettihttp://www.blogger.com/profile/07700987336370091066noreply@blogger.com0